Carol do Acordeon

Lá Onde eu Moro - Carol do Acordeon

"Sou fandangueira e venho vindo lá de fora
Onde a tristeza não mora e a gaita chora a qualquer hora
Carrego a marca da velha história gaúcha
Marcada a adaga e garrucha nas revoluções de outrora
Eu sou gaiteira que não dou bola pra luxo
Moro num rancho gaúcho na beira do corredor
O meu amor é o Rio Grande que eu carrego
Em qualquer parte não nego sou gaúcha sim senhor

Ai, lá onde moro ainda canta os passarinhos
E a sabiá fez seu ninho pertinho da minha janela
De manhã cedo ela canta pra eu acordar
Mas quando a noite chegar eu quero cantar pra ela

Eu toco e canto a simplicidade de um povo
E trago no sangue novo orgulho de uma consciência
Vou na cadência dessa gaita que carrego
Pra modismo não me entrego tenho raça e procedência
Eu não me assusto de barulho de floreio
Sei muito bem onde apeio e nasci sabendo o que eu quero
E não me intero de assunto que não me agrada
E não abandono por nada amigos que considero."