Injeções Intravítreas: como melhorar o resultado?

COMO FUNCIONA O TRATAMENTO COM AS INJEÇÕES INTRAVÍTREAS?
(Um guia completo e humanizado para quem vai iniciar ou já realiza o tratamento)

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*💉 O que são as injeções intravítreas e por que elas são tão importantes*

As injeções intravítreas representam um dos maiores avanços da oftalmologia moderna. Elas revolucionaram o tratamento de doenças da retina que antes levavam à perda quase total da visão, como a *degeneração macular relacionada à idade (DMRI)**, a **retinopatia diabética proliferativa* e o **edema macular**.

Esse tipo de tratamento começou a ser utilizado há cerca de 15 a 20 anos e, desde então, vem salvando a visão de milhões de pessoas ao redor do mundo. O princípio é simples, mas extremamente eficaz: **levar o medicamento diretamente para dentro do olho**, exatamente onde ele precisa agir.

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*👁️ Como é feita a aplicação*

Apesar do nome assustar um pouco, a injeção intravítrea **não é aplicada no centro do olho**. O médico injeta o medicamento em uma região chamada **pars plana**, localizada cerca de 3 a 4 milímetros atrás da íris (a parte colorida do olho).

A agulha usada é *muito fina**, e o procedimento é rápido e praticamente indolor. Antes da aplicação, o paciente recebe várias **gotas de colírio anestésico* e *iodo* (para desinfecção). Em seguida, o olho é mantido aberto com um pequeno instrumento chamado *blefarostato* ou com auxílio de cotonetes estéreis.

O remédio é injetado dentro do **vítreo**, o gel transparente que preenche o interior do olho — por isso o nome “injeção intravítrea”. O medicamento se espalha nesse espaço e chega à retina, onde atua diretamente na área da doença, sem danificar as estruturas oculares.

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*🧬 Como o medicamento age*

Os principais fármacos usados são os chamados **antiangiogênicos**, que bloqueiam uma substância chamada **VEGF (fator de crescimento endotelial vascular)**. Essa molécula estimula o crescimento anormal de vasos sanguíneos e o vazamento de fluido na retina, provocando inchaço (edema) e distorção da visão.

Ao bloquear o VEGF, o medicamento *reduz o inchaço**, **impede a formação de novos vasos doentes* e **melhora a visão**.

Além das doenças mais comuns — DMRI úmida, edema macular diabético e oclusões venosas — outras condições também podem se beneficiar do tratamento, como inflamações oculares e complicações vasculares raras da retina.

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*🕐 Quantas aplicações são necessárias*

O número de injeções varia de pessoa para pessoa. O tratamento segue um protocolo chamado **“tratar e estender” (treat and extend)**.

*Fase de carga:* nas primeiras etapas, geralmente são feitas **três ou quatro injeções mensais consecutivas**.
*Fase de manutenção:* após essa fase inicial, o médico avalia a resposta da retina por meio do exame **OCT (tomografia de coerência óptica)**.
Se houver melhora, os intervalos entre as aplicações passam a ser gradualmente **aumentados**, de 30 para 45, 60, 90 dias e assim por diante.
Caso a doença volte a piorar, o intervalo é *reduzido* novamente.
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*📅 A importância da adesão ao tratamento*

Muitos pacientes, ao perceberem melhora inicial, acreditam que não precisam continuar o tratamento. Isso é um erro comum.

Assim como ocorre com doenças crônicas — diabetes e hipertensão, por exemplo —, as doenças da retina exigem **tratamento prolongado e acompanhamento constante**.

Mesmo após uma boa resposta, *a doença pode voltar* se o intervalo for ampliado demais ou se as aplicações forem interrompidas sem orientação médica. Por isso, é fundamental manter as consultas e exames de controle em dia.

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*Nos primeiros dias:*

Evite coçar os olhos ou fazer esforços físicos intensos;
Prefira descansar e evitar o uso prolongado de telas se houver desconforto;
Não entre em piscinas ou banheiras por pelo menos **uma semana**;
Pequenas hemorragias superficiais podem deixar o olho vermelho por até **duas semanas**, mas sem risco para a visão.


*Retina e Vítreo – Dr. Mário César Bulla*
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Este vídeo bem como seus comentários não substituem a consulta médica e tem apenas finalidade educativa, não devendo ser utilizados para tomada de decisões, sendo necessária para isto a consulta presencial com o médico especialista.
Autor:
Dr. Mário César Bulla
Cremers 28120
Médico Oftalmologista - Retinólogo
www.clinicabulla.com.br

www.especialistaemretina.com.br
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