ABORDAGEM DA PRF ACABA EM REVELAÇÃO CHOCANTE NA CABINE DO SCANIA.
Автор: Caminhoneiros BR 116
Загружено: 2025-11-07
Просмотров: 9326
O ronco do motor do meu P trezentos e sessenta ecoava forte pela B R-163, como se o bicho tivesse vida própria. O sol já subia rachando o céu, e eu tava com o braço pendurado pra fora, sentindo o vento quente bater no rosto. Tava na liga, mas com a cabeça longe.
Foi quando o barulho do rádio me tirou do transe.
— “Atenção, rapaziada do trecho, teve tombamento ali no km 412, pista meia interditada, cuidado na descida...”
Soltei um “vish!” automático e reduzi. A curva era traiçoeira, já conhecia aquele pedaço. Só quem é chofer de verdade sabe o respeito que a estrada cobra.
Quando passei, vi o caminhão tombado do outro lado. Um barracão de zinco, deitado no acostamento, carga de areia doce espalhada. O motorista tava sentado num barranco, a cabeça entre as mãos.
Diminuí mais ainda, abri o vidro e gritei:
— Tudo certo, parceiro?
Ele levantou a mão, sem força, só pra dizer que tava vivo.
Aquela imagem grudou em mim. Porque ali, naquele cara suado, coberto de pó, eu vi o reflexo de todo caminhoneiro que já rodou o tapetão pensando que era invencível. Eu também já tinha estado naquele ponto — quebrado, cansado, jurando que nunca mais pegava estrada… e no outro dia, lá tava eu de novo.
A estrada é bicho traiçoeiro. Te chama de irmão, mas te cobra caro se vacilar.
Engatei a terceira, dei pé no bruto e deixei o motor cantar. A viagem ainda era longa e o frete não esperava. O diesel não tava barato, mas o serviço era filé, e o cliente pagava na entrega.
Depois de uns vinte quilômetros, parei num posto pequeno em Nova Mutum pra tomar um café. O cheiro de pão de queijo e óleo diesel se misturava no ar — perfume de caminhoneiro, cê ta doido! Entrei no balcão, e a dona Maria, uma senhora que já conhecia meu rosto, sorriu:
— Ô, Rogério, quanto tempo, meu filho! Continua firme na boleia?
— Firme e forte, dona Maria. Só o P trezentos e sessenta pra aguentar o rojão comigo.
Ela riu, serviu o café preto e encostou no balcão.
— E a patroa, vem rodando contigo ainda?
Dei um meio sorriso.
— Hoje vem. Disse que tá com saudade da estrada.
Ela assentiu, mas o olhar dela foi curioso, quase desconfiado.
Peguei o café, sentei na beira do balcão e fiquei olhando o movimento dos outros caminhões. Tinha de tudo: truck, toco, bicheira soltando fumaça… cada um com uma história nas costas.
Доступные форматы для скачивания:
Скачать видео mp4
-
Информация по загрузке: