11 - BROTAR, DANÇAR - Carlos Papá e Luã Apyká - AYVU PARÁ

“O brotar, ele é um caminho de meditação. Muitas vezes tem sementes que não querem brotar. Elas ficam anos embaixo da terra, esperando o momento que elas querem. Por isso elas estão mais ou menos sábias? Elas estão com mais ou menos habilidades? Eu acho que é o tempo de cada corpo. O meditar em si já é um movimento.”

Na décima primeira aula-filme do ciclo AYVU PARÁ, Carlos Papá e Luã Apyká conversam sobre JEROKY – um conceito Guarani que diz respeito a “brotar de si mesmo”, dançar a partir de seu próprio movimento. Apyká e Papá refletem sobre os moldes rígidos com os quais muitas vezes lidamos em relação ao nosso próprio corpo, ao nosso entendimento sobre o que é dançar ou se movimentar. Oferecendo outras perspectivas, falam sobre a sabedoria Guarani de dançar, caminhar e estar no mundo em harmonia com o ambiente.

AYVU PARÁ - desenho da fala - é um ciclo online composto por 13 aulas-filmes, conduzido por Carlos Papá e convidades, sobre os significados de diversas palavras na língua Guarani. Para saber mais, além de ter acesso a cadernos em PDF e outros materiais que complementam as aulas, acesse a página do ciclo no site Selvagem: http://selvagemciclo.com.br/ciclo-nhe...

Luã Apyká é um ser da floresta curioso à vida e aos ensinamentos dos anciãos do seu povo. É professor indígena Tupi Guarani, membro da comunidade Tabaçu Reko Ypy, no município de Peruíbe/SP. Luã é artista, escritor, ativista e contador de histórias; dialoga com os espíritos dos sons para transformar a realidade através da arte do bem falar. É ainda diretor audiovisual na coletiva SOPRO, mestre nos encontros Tupi guarani pelo projeto Nhe’é Porã, membro do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas de São Paulo e membro do Núcleo de Educação Indígena e da Executiva Nacional da Década Internacional das Línguas Indígenas.

Carlos Papá é um líder e cineasta indígena do povo Guarani Mbya. Trabalha há mais de 20 anos com produções audiovisuais, com o objetivo de fortalecer e valorizar a cultura Guarani Mbya por meio da realização de documentários, filmes e oficinas culturais para os jovens. Também atua como líder espiritual em sua comunidade. Vive na aldeia do Rio Silveira, onde participa das decisões coletivas e busca ajudar a sua comunidade a encontrar caminhos para viver melhor. É o coordenador da escola viva Guarani – Ponto de Cultura Mbya Arandu Porã. Também é conselheiro do Instituto Maracá e representante pelo litoral norte de SP da comissão Guarani Yvy rupa (CGY).
_________

Todas as atividades e materiais do Selvagem são compartilhados gratuitamente. Para quem deseja retribuir, convidamos a apoiar financeiramente as Escolas Vivas, uma rede de 4 centros de formação para a transmissão de cultura e conhecimentos indígenas. Saiba mais aqui: www.selvagemciclo.com.br/colabore

_____

CRÉDITOS - CICLO AYVU PARÁ

REALIZAÇÃO
Selvagem
Escola Viva Guarani Mbya Arandu Porã

Ailton Krenak - orientação
Anna Dantes - direção
Madeleine Deschamps - produção

Elisa Mendes - direção de filmagem
Filipe Britto - assistente de filmagem
Marcelo Machado - operador de som e gravação
Antoine de Mena - edição

Mariana Rotili - fotografia

Equipe Selvagem:
Bruna Freire de Carvalho, Daniel Grimoni, Isabelle Passos, Mariana Rotili, Veronica Pinheiro

Mediação:
Carlos Papá

Narrador:
Luã Apyká

Artistas convidados:
Alexandre Wera
Maira Djera
Marcinho Xunu
Wera Juninho

Participação especial:
Bruno Djeguaka
Kauê Karai Tatendy
Rafael Kaje

Curadoria:
Escola Viva Guarani Mbya Arandu Porã - Carlos Papá e Cristine Takuá

Agradecemos à equipe do Museu das Culturas Indígenas pela parceria na realização do ciclo presencial em São Paulo, em junho de 2023: Ana Estrela, Cecília Gobbis, Charles Henrique dos Santos, Davidson Kaseker, Denise Vieira, Hugo Ribas, Luísa Valentini, Thais Nobrega e Yago Queiroz

APOIOS E PARCERIAS
Dantes Editora
Xow.rumi
Museu das Culturas Indígenas
Instituto Maracá
ACAM Portinari
Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo
Saúva