Uma HOLANDA no PARANÁ | Marcas do povo Holandês em solo Paranaense

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O Brasil é um país de dimensões continentais, um mosaico de culturas. E em meio às paisagens onduladas do interior do Paraná, existe um lugar onde o horizonte encontra uma história que cruzou um oceano inteiro. Não estamos na Europa, mas a sensação é de ter desembarcado em outro tempo, em outro lugar.

Aqui, o tempo parece seguir um ritmo diferente. A precisão e a tradição se unem à força da natureza brasileira.

Eu te convido a sobrevoar a Holanda Paranaense, uma região de alma singular, que se estende majestosa entre a cidade de Carambeí e a Colônia de Castrolanda, no município de Castro. Um território forjado pelo trabalho árduo, pela fé inabalável e pelo legado da colonização holandesa.

Prepare-se. Pelos próximos minutos, você vai descobrir por que este pedaço de terra é considerado o coração da cultura holandesa no Brasil. Aperte o cinto, a nossa jornada sobre os campos do Paraná começa agora.

A história é marcada pela necessidade e pela esperança. Após o caos da Segunda Guerra Mundial, famílias de imigrantes holandeses, principalmente produtores rurais, buscavam um novo lar onde pudessem reconstruir suas vidas e manter suas tradições. O Paraná, com suas terras férteis e clima ameno, ofereceu essa chance.

Em 1911, o primeiro grupo se estabeleceu em Carambeí, e mais tarde, em 1951, a região de Castro recebeu a leva de pioneiros que fundaram a Colônia de Castrolanda. Eles trouxeram na bagagem não apenas seus pertences, mas sim um conhecimento profundo em agricultura e pecuária.

Do alto, o drone revela a assinatura indelével desse legado: a organização. Vemos a precisão no desenho das plantações, a disposição metódica das fazendas e, principalmente, a força do cooperativismo. Cooperativas como a Castrolanda e a Batavo, nascidas da união de esforços desses imigrantes, são hoje gigantes do agronegócio nacional.

Mais do que plantar e criar, esses colonos plantaram uma visão de futuro, onde a colaboração é a chave para a prosperidade.