DONO DO ORFANATO SE APROVEITAVA DAS 8 MOÇAS… MAS LAMPIÃO TROUXE JUSTIÇA PRA ELAS

Em 1933, no interior de Pernambuco, um orfanato isolado na caatinga escondia um segredo terrível. Seu dono, um homem rico e cruel conhecido como o Barão, mantinha oito órfãs sob regime de terror — durante o dia, as obrigava a trabalhos brutais; à noite, as violentava. Com influência sobre autoridades locais e capangas armados, ele garantia que ninguém denunciasse seus crimes.

Entre as meninas, Maria, a mais velha, descobriu por acaso um jornal que falava sobre Lampião e seu bando estar próximo dali. Vendo uma chance de salvação, ela arquitetou uma fuga arriscada: enquanto o Barão estava na cidade, escapou pelo muro dos fundos e percorreu léguas de caatinga, enfrentando sede, fome e medo até encontrar o acampamento cangaceiro.

Ao ouvir seu relato, Lampião — o temido e lendário líder do cangaço — ficou furioso. Movido por um senso de justiça peculiar aos cangaceiros, ele reuniu seu bando e marchou até o orfanato. O ataque foi rápido: os capangas foram dominados, o Barão foi capturado e arrastado para o pátio, onde as mulheres, finalmente libertas, testemunharam sua punição.

Lampião aplicou a "justiça sertaneja": humilhou publicamente o Barão, obrigou-o a confessar seus crimes e marcou sua testa com a palavra "CARNIÇA", garantindo que todos soubessem de seus atos. O orfanato foi incendiado, e Lampião levou as moças para Patos (PB), onde as entregou aos cuidados de Dona Mocinha, uma matriarca bondosa, deixando também um baú de ouro roubado do Barão para seu sustento.

Anos depois, Maria, agora adulta, tornou-se professora e contava a história às novas gerações. Lampião foi morto em uma emboscada, mas seu ato de justiça permaneceu vivo na memória do sertão. Quanto ao Barão, dizem que vagou como um fantasma, marcado pela vergonha, até desaparecer na caatinga.

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