Vinho Frances feito em Casa com a uva Marselan.

Marselan

A uva Marselan não surgiu naturalmente, e sim pelas mãos do ampelógrafo parisiense Paul Truel, em 1961, no sul da França. O nome da casta foi inspirado na cidade de Marseillan próxima a Montpellier.

Antes de continuar, deixe explicar o que é um Ampelógrafo, é um profissional botânico que classifica videiras. Assim, trata-se de uma espécie de cientista das videiras, estudando-as e identificando as suas diferentes castas.

Quando Paul idealizou a uva Marselan ele tinha em mente potencializar, unir e melhorar as características de duas uvas conhecidas: a Cabernet Sauvignon e a Grenache. Da Cabernet Sauvignon, Truel queria preservar a potência, com rendimentos maiores, por outro lado, da Grenache que se adaptou muito bem aos climas quentes, ele queria uma uva que tivesse resistência às altas temperaturas e, claro, uma nova casta resistente às doenças.

No início, a uva Marselan não ganhou destaque e não foi o sucesso esperado, devido à baixa produtividade e aos pequeninos bagos. Com o aumento da demanda por uvas resistentes às moléstias, por exemplo; oídio, ácaros e podridão cinzenta, ela foi incluída na listagem oficial de registros quase 30 anos depois, em 1990. Atualmente, é possível encontrá-la em terroirs com características distintas e ela deixa sua marca talentosa em diversos estilos de vinho, seja em um blend ou mesmo reinando sozinha em um varietal.

A uva Marselan tem coloração intensa e aromas que lembram frutas vermelhas frescas e cacau.

Começou a ser comercializada no Brasil a partir de 2002.
Devido às peculiaridades no sabor, a qualidade dessa uva tem ganhado força e, a cada safra, novos produtores têm lançado rótulos no mercado.

Na região Sul do país, por exemplo, existem vários vinhedos de Marselan. A explicação é única: o clima frio e úmido, natural da Serra Gaúcha, favorece a produção da espécie.

Além dessas peculiaridades, outra qualidade chama a atenção de degustadores: o tamanho reduzido das bagas aumenta a proporção de cascas durante o processo de vinificação e, consequentemente, aumenta a concentração de compostos polifenólicos no vinho (aqueles responsáveis por promoverem partículas antioxidantes, que rejuvenescem a pele).

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