Reflexão: Boa Nova de Jesus Cristo Segundo São Lucas 1,39-47 / Festa de N. Sra. de Guadalupe..
Автор: DNonato
Загружено: 2025-12-12
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Reflexão: Boa Nova de Jesus Cristo Segundo São Lucas 1,39-47 — 12 de dezembro / Festa da Bem-aventurada Virgem Maria de Guadalupe, Padroeira principal da América e minha… minha mesmo!
(Se fosse possível, eu colocava até no RG.)
Hoje o Evangelho começa com essa cena simples e revolucionária: “Maria levantou-se e foi apressadamente às montanhas da Judeia.”
É assim mesmo: enquanto muita gente só se levanta se tocar despertador três vezes, Maria se levanta ao primeiro chamado do Espírito. E ainda vai apressadamente — não porque está atrasada, mas porque o Amor não anda devagar.
Esse “levantar-se”, no grego anastâsa, carrega o perfume da ressurreição e, na hermenêutica da vida, significa: fé parada azeda; fé em movimento floresce. Maria se mexe porque Deus já mexeu nela. A Visitação é o primeiro passo missionário da Igreja antes mesmo de existir Igreja. É Advento com sandália no pé e estrada pela frente.
E Deus gosta dessas coisas: duas mulheres grávidas conversando na cozinha viram palco do maior “Pentecostes doméstico” da história. João dança no ventre, Isabel profetiza sem precisar de microfone, e Maria chega como quem traz dentro de si a Arca viva. A cena derruba qualquer clericalismo que acha que só fala quem tem título, batina ou crachá: Zacarias, sacerdote, está mudo; duas mulheres sem cargo algum fazem teologia com o corpo.
Maria avança pelas montanhas com a ousadia de quem sabe que Deus escolhe o caminho mais improvável. E a psicologia até ajuda a entender: vínculo, afeto, corpo, cuidado — nada de espiritualidade performática de palco. Aqui é fé de verdade, feita de abraço, cheiro de casa, mãos dadas e esperança compartilhada. Nada de “espiritualidade fitness” ou “coach de bênçãos”. Ali é vida nua e real.
Quando Isabel proclama: “Bendita és tu entre as mulheres!”, ecoa Judite, ecoa Jael, ecoa toda mulher que enfrentou sistemas injustos e libertou seu povo. Maria entra nessa linhagem como quem diz:
O Reino chega pelas margens, pelas mulheres, pelos pobres, pelos que nunca foram convidados para sentar na mesa do poder.
E então explode o Magnificat — esse canto revolucionário que faz capitalismo tremer, teologia da prosperidade suar frio e espiritualidade de consumo perder o rebolado. É Deus derrubando poderosos do trono e enchendo famintos de dignidade. É Lucas lembrando à Igreja:
“Se deixar de visitar, deixa de ser Igreja.”
Guadalupe é Visitação latino-americana: Maria subindo outra montanha — agora o Tepeyac — para visitar outro pobre — agora um indígena. Juan Diego vê o que o colonizador não vê. Porque o Evangelho sempre chega primeiro aos que têm os olhos lavados pela simplicidade.
Hoje, celebrar Guadalupe é lembrar Maria apressada, descendo morros, subindo periferias, entrando em casas humildes e fazendo João pular até hoje nos ventres da América Latina. É lembrar que Deus continua visitando seu povo… especialmente onde as visitas do mundo não chegam.
Que a Igreja não perca o passo de Maria.
E que nós não percamos a graça de visitar e ser visitados.
Porque quando a Igreja visita, o Magnificat desperta.
E quando o Magnificat desperta, impérios tremem.
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DNonato
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