Geraldinho Nogueira - Um Documentário sobre mitos goianos
Автор: Dino Santos
Загружено: 2013-04-14
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A construção de um mito leva em consideração alguns requisitos, dentre eles, a imaginação. Para manter viva a construção do mito é que surge o rito. A identidade de qualquer povo tem suas raízes mitológicas: para o povo goiano são várias. A nossa equipe de reportagem se prepara para mostrar um dos maiores representantes do povo goiano, por meio de um sertanejo contador de causos: o Geraldinho. Sua vertente será a simplicidade do sertanejo através do seu modo singular de contar causos.
Geraldo Policiano Nogueira – O Geraldinho – nasceu na fazenda Aborrecido, em Bela Vista no interior de Goiás, em dezembro de 1918. Nascido na roça sua figura humilde só foi revelada em 1984 quando o publicitário, Hamilton Carneiro, apresentador do programa Frutos da Terra de uma TV regional o encontrou. Com sua linguagem matuta, típica de caipira, Geraldinho possuía um estilo singular no modo de contar causos por onde passava.
Não demorou muito para que Geraldinho fosse levado aos palcos de teatros, rádio e TV no espetáculo “Trova, Prosa e Viola” que reunia Hamilton, Geraldinho e a dupla sertaneja goiana André e Andrade. O projeto “Trova, Prosa e Viola”, idealizado por Hamilton, ganhou registros em vinil a partir de 1994 pouco depois da morte de Geraldinho.
O sucesso foi rápido, quando Geraldinho saiu da fazenda Nuelo em Bela Vista de Goiás, onde passou a maior parte de sua vida, e ficou reconhecido nacionalmente ao participar do programa da Rede Globo, Som Brasil, apresentado por Lima Duarte.
Vários são os causos de Geraldinho, que usa de linguagem que lhe é própria, criando um repertório de neologismo ímpar comparada ao estilo de linguagem das personagens de Guimarães Rosa em 'O grande sertão: Veredas'. Durante os oito anos depois que Geraldinho foi descoberto pela mídia e passou a fazer parte do espetáculo “Trova, Prosa e Viola”, este homem simples que dizia que “minha caneta é a enxada na saroba” despertou o interesse de pesquisadores de várias universidades brasileiras pelo fenômeno semântico de uma linguagem caipira produzida por ele. Até hoje Geraldinho é tema de estudos.
Mas a originalidade de Geraldinho foi se perdendo. Hamilton ao trazê-lo para a televisão tratou de fazer uma adaptação na linguagem do “rachadô da arueira”, “capinadô de roça” e “derrubadô de mata” e os seus causos sofreram a interferência da modernidade. Um exemplo típico pode ser visto na adequação do vocabulário, neste comercial da extinta CAIXEGO.
Geraldinho ficou na História do povo goiano como um autêntico contador de causos. Sua contribuição cultural está na lembrança do povo de Bela Vista.
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