LUA BRANCA - Francisco Petrônio

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PAROUVIR
músicas antigas

(0052)

título: "Lua Branca"
intérprete: Francisco Petrônio
idioma: português (Brasil)
acompanhamento: Dilermando Reis ao violão
ano da gravação: 1970
autores: Chiquinha Gonzaga (melodia) & autor desconhecido (letra)


(com letra)


Oh lua branca, de fulgor e de encanto,
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo,
Vem tirar dos olhos meus o pranto;
Ái, vem matar essa paixão que anda comigo.

Ái, por quem és, desce do céu, oh lua branca;
Essa amargura do meu peito, oh, vem e arranca.
Dá-me, oh luar, a tua compaixão...
E vem, por Deus, iluminar meu coração.


E quantas vêzes, lá no céu, me aparecias,
A brilhar em noite calma e constelada;
E, em tua luz, então, me surpreendias...
Ajoelhado junto aos pés da minha amada.

E ela, a chorar e a soluçar, cheia de pêjo,
Vinha, em seus lábios, me ofertar um dôce beijo.
Ela partiu, me abandonou, assim;
Oh lua branca, por quem és, tem dó de mim.


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Melodia de Chiquinha Gonzaga lançada em 1912 com o título "Sá Zeferina" e letra humorística na burleta "Forrobodó" (de Luiz Peixoto e Carlos Bittencourt). Foi gravada em 1925 por Paraguassú com o título "Lua de Fulgores", e em 1929 por Gastão Formenti com o título "Lua Branca", ambas com letra bem parecida, mas de autoria incerta. (A versão com a letra original foi gravada como cena cômica por Pinto Filho e Maria Vidal em 1930 com o título "Sá Zeferina"). "Lua Branca", com o passar do tempo, tornou-se um clássico da música popular brasileira, tendo sido gravada por diversos artistas. A gravação integrada no vídeo acima está no LP "Uma Voz e Um Violão em Serenata - Francisco Petrônio e Dilermando Reis - vol. 4", lançado pela gravadora Continental em 1970.


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Francisco Petrone (São Paulo - SP - 08/nov/1923 ● São Paulo - SP - 18/jan/2007) foi um cantor que usou o nome artístico Francisco Petrônio; também ficou conhecido como "A Voz de Veludo do Brasil", depois de assim ser chamado pelo apresentador de TV Airton Rodrigues.

Filho de imigrantes italianos, Francisco começou a carreira artística já com 37 anos de idade, em 1960, quando era motorista de táxi. Um dia, ao transportar o cantor e radialista Nerino Silva, disse que gostaria de cantar; Nerino levou-o então para um teste nas Emissoras Associadas, no qual foi aprovado e contratado por um período de 2 anos. Em 1961 começou a atuar profissionalmente na Rádio Tupí e na TV Tupí de São Paulo. No mesmo ano gravou seu primeiro disco, pelo selo Chantecler, com o bolero "Agora" (versão em português de Paulo Augusto para "Ahora", de Don Fabian) e o tango "Não me Falem Dela" (versão em português de Sebastião Ferreira da Silva para "No me Hablen de Ella", de Jorge Moreira).

Em 1962, levado pelo compositor e produtor Diogo Mulero (mais conhecido como Palmeira), transferiu-se para a gravadora Continental, na qual permaneceria por mais de vinte anos. No mesmo ano, além de gravar alguns 78 rpm, gravou com o violonista Dilermando Reis o LP "Uma Voz e um Violão em Serenata - Francisco Petrônio e Dilermando Reis - vol. 1" (o primeiro de uma série que chegaria a 7 LPs em 1973). Em 1963, num de seus últimos 78 rpm, gravou a única composição de sua autoria (em parceria com Enzo de Almeida Passos), a canção "Maria das Bonecas".

Em 1965 gravou o LP "Baile da Saudade", cuja música-título (de Palmeira & Zairo Marinoza) tornou-se um dos maiores sucessos de sua carreira. Pouco depois passou a divulgar pelo Brasil o "Baile da Saudade", promovido pelo "Clube da Saudade", especializando-se a partir de então em cantar serestas. Em 1966 foi contratado pela TV Globo para apresentar o programa "Baile da Saudade". Em 1968 passou a produzir seu próprio programa "Baile da Saudade", que passou a apresentar na Rádio Gazeta, e depois na Rádio Record e na Rádio Nove de Julho. Nesse período criou a "Orquestra da Saudade", contando com dançarinos para divulgar músicas de serestas pelo Brasil. Francisco Petrônio dirgiu o "Baile da Saudade" durante aproximadamente 40 anos.


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Francisca Hedwiges de Lima Neves Gonzaga (Rio de Janeiro - RJ - 17/out/1847 ● Rio de Janeiro - RJ - 28/fev/1935) foi uma compositora, regente, pianista, e professora de piano que ficou conhecida como Chiquinha Gonzaga. Estava, em 1917, entre os membros fundadores da SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais). Recebeu do governo francês o título de "Alma Cantante do Brasil". É considerada por pesquisadores e estudiosos como uma das fundadoras da música popular brasileira.


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Ver o resumo biográfico de Dilermando Reis na postagem de "Beijo Fatal - Francisco Petrônio" em...
   • BEIJO FATAL - Francisco Petrônio  


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