Branqueamento e Mestiçagem O Maracanã no pensamento social brasileiro por Luiz Antonio Simas

O Maracanã como uma metáfora em concreto da ideologia da mestiçagem, muito difundida no pensamento social brasileiro na primeira metade do séc XX. Um estádio inclusivo, mas não igualitário, que abraça a população do Rio de Janeiro, mas escancara as suas contradições. Superada a teoria do embranquecimento, o Maracanã que o Brasil constrói é o como se fosse o país condensado, resumido em seus estratos: geral, arquibancada, cadeira e tribuna de honra. Pensado como um espaço mestiço, ocupado por corpos negros e indígenas - dotados de instintos valorosos -, e pela razão superior do branco europeu, portador da civilidade, da reflexão, do equilíbrio.

Silvio Romero, Oliveira Viana, Monteiro Lobato, Von Martius... Mario Filho, Gilberto Freyre, Cassiano Ricardo, José Lins do Rego... Noel Rosa, Leônidas da Silva, Villa-Lobos, Moacir Barbosa, Ismael Silva, Edson Arantes do Nascimento, Antenor Gargalhada, Cartola, Mané Garrincha... Futebol, capoeira, escola de samba... Pensamento. Luiz Antonio Simas passeia pelo Maracanã como se passeasse pelo Brasil.

Trecho gravado em 24 de junho de 2020, durante o programa Maracanã: A Formação de um Estádio Nacional, produzido pelo Na Bancada, no contexto das celebrações pelos 70 anos de construção do velho Maracanã - #Maraca70. Com a participação de Gisella de Moura Araújo e Erick Omena. Você encontra a íntegra do programa aqui:    • Maracanã: A Formação de um Estádio Naciona...  

Vídeo extraído do Canal Na Bancada.

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