1958 – Na Estação Engenho Dos Mortos, passageiros desaparecidos entraram no meu vagão vazio
Автор: Relatos Aterrorizantes
Загружено: 2025-12-04
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Em mil novecentos e cinquenta e oito, Mário Gentil trabalhava como fiscal de composição na Estrada de Ferro Leopoldina, rota que cortava o interior fluminense. Na madrugada de vinte e três de abril, durante parada técnica na Estação Engenho dos Mortos - um posto abandonado usado apenas para manobras -, ele aguardava sozinho no último vagão quando passageiros começaram a embarcar. Não havia bilheteria funcionando, não havia luz na plataforma, não havia razão para alguém estar ali. Mas eles entraram, um por um, carregando malas antigas e roupas de décadas passadas. Mário reconheceu o primeiro: Sebastião Veríssimo, operário desaparecido em mil novecentos e quarenta e seis após embarcar naquela mesma estação. Depois vieram outros, rostos de cartazes desbotados que ele vira na sala do chefe de estação - todos desaparecidos ao longo de doze anos, todos última vez vistos na Engenho dos Mortos. Eles não falavam, apenas se sentavam e olhavam para frente, como se esperassem algo. Quando Mário tentou sair, descobriu que as portas não abriam mais. O trem não se movia, mas o vagão estava em outra parte - um lugar entre chegada e partida, onde os desaparecidos aguardavam há décadas. E agora, setenta anos depois, ele ainda não sabe se conseguiu sair. VT-2
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