BOULOS ERRA ACEITANDO MARÇAL NO DEBATE | Entenda os motivos!

Boulos, é crucial refletir sobre o impacto da sua decisão de aceitar a entrevista com Pablo Marçal, especialmente considerando o que ele fez. Ele lançou um laudo médico falso, alegando que você usava crack e cocaína e foi internado em uma clínica psiquiátrica em estado crítico de saúde mental. Esse laudo foi divulgado um dia antes das eleições, com um forte impulsionamento pago, direcionado a um público específico. Essa estratégia desonesta afetou sua campanha, levando à perda de muitos votos e quase te tirando da disputa.

Agora, você aceitou essa entrevista com Marçal. Mas precisamos nos perguntar: qual será a percepção das pessoas ao ver você ao lado de alguém que sabotou sua candidatura de forma tão grave? Aceitar essa entrevista pode enviar uma mensagem perigosa: que, na política, as mentiras e as manipulações são aceitáveis e que não há consequências para quem usa esses métodos. Essa normalização da desinformação contribui para uma visão de que todos os políticos são iguais, que a ética é flexível e que vale tudo para vencer.

Isso gera um impacto direto na confiança da população na política. Quando os eleitores veem que o maior alvo das mentiras não reage com firmeza, a confiança no processo democrático se deteriora. O resultado é uma cultura de impunidade, onde as táticas sujas se tornam comuns, e a política é percebida como um jogo em que quem tem mais dinheiro para mentir e impulsionar suas versões leva a melhor.

Essa situação aprofunda o desencanto com a política, fazendo com que muitos cidadãos acreditem que não vale a pena se envolver, pois as eleições não são mais sobre ideias ou propostas, mas sobre quem pode manipular a opinião pública com mais eficácia. Assim, o cenário se torna ainda mais preocupante: **no final das contas, apenas quem tem dinheiro vence as eleições. Aqueles que podem pagar por campanhas publicitárias mentirosas e impulsionamentos massivos são os que se sobressaem, enquanto 99,9% da população brasileira fica de fora, sem voz ou poder de participar da política. Isso significa que as decisões são tomadas apenas por uma elite milionária, enquanto a maioria da população é excluída do processo democrático.

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