Recado de Frei Sérgio Görgen

Quando eu já previa o que aconteceria no Conselho de Ética levei a discussão sobre o que fazer ao Conselho do mandato que reúne 10 organizações políticas que dão sustentação ao nosso trabalho. Não houve incentivo à essa possibilidade mas em determinado momento uma valorosa companheira citou hipóteses de greve de fome no meio da discussão. Eu imediatamente disse: “Greve de fome eu não faço, tenho um filho e me conheço: se eu entrar não desistirei se a coisa não avançar.” A reunião terminou com as organizações presentes pensando em soluções e ampliando a mobilização para Brasília. Ao chegar ao plenário 5, no decisivo dia da aprovação do injusto relatório pela cassação, a partir da primeira meia hora, das 6 horas que marcaram aquela discussão, eu já não conseguia mais tirar da cabeça que a tática da greve de fome era a alternativa necessária a ser adotado. Me joguei no desconhecido a partir dessa hipótese não previamente planejada. Algumas conversas, depois da decisão anunciada, foram fundamentais. Uma das principais foi com Frei Sérgio que já tinha feito 5 greves de fome e me auxiliou indicando o que estava por vir e proporcionando a firmeza mental indispensável pra aguentar a empreitada. Hoje, compartilho com vocês a mensagem de Páscoa que ele me enviou com o meu agradecimento profundo por ter estendido as suas generosas mãos.