O Plano Para Unir Moçambique

Neste episódio de Pensar Em Comum, parto de uma frase simples e poderosa: “Não aceitamos a violência como destino inevitável.” Digo-a em voz alta contra o feminicídio, contra a violência política, contra o vigilantismo e a violência policial, mas também contra formas silenciosas que nos corroem: a desigualdade extrema, a pobreza e a fome. Gravo estas reflexões a 25 de Setembro, lembrando que a nossa luta pela liberdade não terminou — ela transformou-se na luta diária por justiça social, dignidade e unidade nacional.

O que discuto hoje:
Feminicídios e violência sexual: por que uma sociedade que ama as suas mães, irmãs e filhas não pode tolerar esta barbárie — e o que educação moral, proteção jurídica e ação comunitária devem fazer já.
Violência política: do pós-eleitoral ao nosso vocabulário diário. Política é competição de ideias, não inimizade; democracia exige aceitar o voto, a alternância e a pluralidade.
Cabo Delgado e a memória das guerras: reconhecer as feridas visíveis sem ignorar as invisíveis.
Vigilantismo e violência policial: justiça não é vingança; instituições têm de funcionar para todos.
Desigualdade e fome: a maior violência é a barriga vazia. A resposta passa por reformas económicas claras, aumento da produção alimentar, melhor circulação e distribuição, e políticas públicas que cheguem a cada moçambicano.
Unidade e rumo: não venceremos a fome armando moçambicanos contra moçambicanos; vencemos juntando-nos, com vontade política inabalável e reformas corajosas.

Porque deves ver até ao fim? Porque proponho caminhos concretos: do desenho de políticas que priorizam a vida e o pão quotidiano, à necessidade de um diálogo inclusivo que reforme não só regras eleitorais, mas o próprio Estado e a economia, para que os nossos recursos sirvam o bem comum.

👉 Participa: a tua voz conta.
Que reformas consideras prioritárias para reduzir a fome e a desigualdade?
Como despolarizar a política no bairro, na escola, no trabalho?
Que ação local podemos iniciar?

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Comenta abaixo — quero ler-te e responder: aqui pensamos em comum para agir melhor.

Capítulos
00:00 A frase que nos convoca
01:05 Feminicídios e educação/justiça
03:05 Violência política e pluralismo
05:54 Polícia, vigilantismo e Estado de Direito
07:04 Desigualdade e fome — a maior violência
10:32 Reformas económicas e unidade nacional
13:24 25 de Setembro e novas lutas
16:10 Chamado à ação

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