AGORA: Mais de 1,5 milhão de imóveis sem luz em SP | Jornal Gente

A cidade de São Paulo e a Região Metropolitana enfrentam, desde a noite de terça-feira (10), uma das piores crises de abastecimento de energia elétrica dos últimos anos. De acordo com a Enel, concessionária responsável pelo serviço, cerca de 1,5 milhão de imóveis ficaram sem luz após uma série de quedas provocadas por ventos que chegaram a 98 km/h.

A situação afetou duramente o cotidiano da população. Semáforos apagados (235 fora de operação), trânsito caótico, produtos estragando em geladeiras e comércios fechados. Em áreas como Ipiranga, Jabaquara, Vila Prudente, Campo Limpo e Limão, a luz ainda não havia sido restabelecida até a manhã desta quarta-feira. O Parque Ibirapuera, principal área verde da cidade, também permanece fechado por risco de queda de árvores.

No Aeroporto de Congonhas, mais de 200 voos foram cancelados, provocando aglomerações, confusão e pernoite forçada de passageiros. Casos como o do jovem Walter, de 17 anos, que passou mais de 24 horas no terminal sem alimentação ou hotel oferecido pela companhia aérea, ilustram o caos instaurado.

Em entrevista ao Jornal Gente, o diretor regional da Enel São Paulo, Marcelo Puertas, afirmou que o evento foi “atípico” e que a reconstrução da rede elétrica não é simples. Segundo ele, as equipes da concessionária somam mais de 3 mil profissionais atuando no reparo de postes, transformadores e redes danificadas por mais de 400 quedas de árvores na Grande São Paulo.

Questionado sobre demora no atendimento, Puertas explicou que a empresa trabalha com tempo médio de atendimento de cerca de 250 a 300 minutos, mas que eventos extremos como este extrapolam essa média. Ele também confirmou que há desconto automático nas contas de energia para quem for afetado além dos limites definidos pela regulação, além de possibilidade de ressarcimento por aparelhos queimados, mediante registro no site da empresa. #DIIAC #JornalGente