Metrô de Brasília DF

O Metrô do Distrito Federal (Metrô-DF) é o sistema de transporte metroviário que atende a capital do Brasil, Brasília, e algumas de suas regiões administrativas. Operado pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), ele foi projetado para facilitar a mobilidade urbana em uma cidade planejada, mas enfrenta desafios devido à expansão limitada e à baixa densidade populacional em algumas áreas que atendem. História A ideia de um metrô em Brasília surgiu ainda na década de 1970, com o deputado Freitas Nobre defendendo sua necessidade em 1974. O primeiro plano preliminar foi apresentado em 1976 pela Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU). As obras oficiais foram iniciadas em janeiro de 1992, mas enfrentaram interrupções, sendo retomadas em 1996. O sistema iniciou sua operação experimental em 17 de agosto de 1998, com um trecho de cerca de 22,5 km, e a operação comercial plena começou em 2001, conectando Samambaia, Taguatinga, Águas Claras, Guará e o Plano Piloto. Características Atuais Hoje, o Metrô-DF possui duas linhas em operação: Linha Verde : Liga a Estação Central (no Plano Piloto) ao Terminal Ceilândia, passando por Águas Claras e Taguatinga, com 33,5 km de extensão e 23 estações. Linha Laranja : Também parte da Estação Central e segue até o Terminal Samambaia, com 26 km e 18 estações. As linhas percorrem um trecho comum de 19,19 km entre a Estação Central e Águas Claras, onde se bifurcam. O sistema totaliza 42,38 km de extensão e conta com 27 estações (11 subterrâneas e 16 de superfície). A frota é composta por 32 trens, operando com uma velocidade máxima de 80 km/h utilizando uma bitola larga de 1.600 mm, alimentada por um terceiro trilho. O metrô funciona de segunda a sábado, das 5h30 às 23h30 e, aos domingos e feriados, das 7h às 19h. Transporta, em média, cerca de 144 mil a 160 mil passageiros por dia, segundo diferentes fontes recentes. A tarifa padrão é de R$ 5,50 (em vigor desde janeiro de 2020), mas há gratificações para estudantes com Passe Livre Estudantil, crianças até 6 anos, idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência. Integração e Estrutura O sistema é integrado a outros modais de transporte, como ônibus e terminais rodoviários. Destaques incluem: Estação Shopping , próxima à Rodoviária Interestadual de Brasília, inaugurada em 2010. Estação Asa Sul , que conecta ao sistema rodoviário local. Estação Central , localizada na Rodoviária do Plano Piloto, o coração da cidade. No entanto, não há conexão direta com o Aeroporto Internacional de Brasília (JK), sendo necessário usar ônibus (como a linha executiva 113) para acessar o metrô a partir de lá. Expansão e Desafios Desde sua apresentação, o Metrô-DF teve expansões modestas. Estações como Concessionárias (2002), Arniqueiras (2004), Centro Metropolitano e Ceilândia Sul (2006), e outras em Ceilândia e na Asa Sul (2008-2010) foram adicionadas. Porém, desde 2008, a extensão total permanece em 42,38 km, sem grandes avanços alcançados nos últimos 15 anos. Existem planos para expansão, como: Estações previstas na Asa Sul (104 Sul, 106 Sul, 110 Sul) e Onoyama. Extensão na Asa Norte e novos trechos em Ceilândia e Samambaia. Estudos para uma Linha 2, que conecta mais sete regiões administrativas ao centro, com licitação para estudos publicados em dezembro de 2024 e prazo até fevereiro de 2025 para propostas. Os principais desafios incluem: Baixa densidade demográfica : A distância entre estações é maior que a média devido ao planejamento urbano de Brasília, tornando-o mais um serviço interurbano do que metropolitano em algumas áreas. Custo elevado : O Metrô-DF tem uma das tarifas mais altas do Brasil (R$ 5,50) e um custo de manutenção elevado, cerca de 250% maior que o metrô do Rio de Janeiro, segundas críticas. Investimento limitado : Apenas 5% do orçamento previsto para 2023 foi liberado até novembro daquele ano, refletindo a falta de prioridade do governo local em alguns períodos. Curiosidades e Benefícios Águas Claras é uma das regiões mais beneficiadas, sendo uma área de maior densidade demográfica atendida pelo metrô. O primeiro vagão de cada trem é exclusivo para mulheres, crianças e pessoas com deficiência. Há integração tarifária com ônibus e micro-ônibus, permitindo até três trajetos por R$ 5,50 em duas horas com os cartões Vale-Transporte ou Mobilidade. Em resumo, o Metrô-DF é essencial para a mobilidade de Brasília, mas seu potencial é limitado por décadas de expansão lenta e desafios estruturais. Ainda assim, continua sendo uma ferramenta poderosa para conectar o Plano Piloto às cidades satélites, com esperanças de melhorias futuras.