Verdades sobre o crime de que não se fala no jornalismo vendido, o que dá "fama e fortuna", imoral.

Uma observação um pouco mais profunda é suficiente para perceber que as condições das periferias - sem direitos, sem saneamento, sem escolas decentes, sem formação nem informação, sob repressão permanente, sob agressão muitas vezes, com destino à exploração extrema - são promovida pelas elites dominantes e seus cúmplices nas classes altas e médias, que ganham em cima e exploram ao máximo a pobreza. A prática cotidiana é manter a miséria e a pobreza, pra manter submetidas as multidões, sem consciência da sua importância no funcionamento da sociedade, da sua capacidade de resistência e superação, do seu poder potencial - embora não exercido por inconsciência - de interferir nos acontecimentos e decisões políticas, induzidas ao sentimento de impotência, de incapacidade, de uma inferioridade forjada na estrutura social - ainda - escravista, mentirosa, perversa e covarde.
É da situação de abandono e exploração que o "crime organizado" vai buscar sua "mão-de-obra", entre os sem perspectiva de melhoras na vida - pelo omissão do Estado em oferecer condições verdadeiras de formação, nem de informação. Os patrões verdadeiros são pessoas de elite, falam línguas e viajam pelo mundo, têm intimidade com o "mercado financeiro" e pelos caminhos internacionais, por onde encomendam armas e fazem seus pagamentos pelos labirintos banqueiros onde periférico nenhum transita e nem conhece.
O crime mais volumoso é o tráfico, mas há inúmeras organizações criminosas especializadas em todas as áreas, medicina, transportes, educação, esportes, apostas, mineração, enfim, em todas as áreas da sociedade. Aliás, a própria sociedade tem uma estrutura criminosa em relação à maior parte da população, violando os direitos constitucionais - a "carta magna", a lei mais importante de todas - cotidianamente, há muitas e muitas gerações.