Популярное

Музыка Кино и Анимация Автомобили Животные Спорт Путешествия Игры Юмор

Интересные видео

2025 Сериалы Трейлеры Новости Как сделать Видеоуроки Diy своими руками

Топ запросов

смотреть а4 schoolboy runaway турецкий сериал смотреть мультфильмы эдисон
dTub
Скачать

Ricardo Ribeiro com Rabih Abou Khalil e a Orquestra Metropolitana de Lisboa

Автор: jdfcouto José David

Загружено: 2017-02-17

Просмотров: 34296

Описание:

"Toada de Portalegre" de José Régio.
Ricardo Ribeiro e Rabih Abou-Khalil com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
A RTP2 em mais um espectáculo de elevado valor e de rara beleza. Execução perfeita. Excelentes músicos. A bela e afinada voz de Ricardo Ribeiro. É uma grande honra e orgulho ter o privilégio de assistir a tão maravilhoso espectáculo.

Mais informação:
http://www.teatrosaoluiz.pt/catalogo/...
http://www.ofado.pt/?p=4733
https://pt.wikipedia.org/wiki/Toada_d...

Poema -
Toada de Portalegre
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
velha grande tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...

Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
Quis-lhe bem como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como ao do meu aconchego.

Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De montes e de oliveiras
Do vento suão queimada
( Lá vem o vento suão!,
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão...)
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem fôr,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela

Toda aberta ao sol que abrasa,
Ao frio que tolhe, gela
E ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda
Derredor da minha casa,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos oliveiras e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!

Serras deitadas nas nuvens,
Vagas e azuis da distância,
Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e Amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Eu sentia o chão a fugir-me,
Se abriam diante dela
Daquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Na casa em que morei, velha,
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
À qual quis como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como ao do meu aconchego...

Ora agora,
Que havia o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Que havia o vento suão
De se lembrar de fazer?

Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Que havia o vento suão
De fazer,
Senão trazer
Àquela
Minha
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
O testemunho maior
De que Deus
É protector
Dos seus
Que mais faz sofrer?

Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
Á qual quis como se fora
Feita para eu morar nela...

Como é que o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Me trouxe a mim que, dizia,
Em Portalegre sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Me trouxe a mim essa esmola,
Esse pedido de paz
Dum Deus que fere ... e consola
Com o próprio mal que faz?

Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for
Me davam então tal vida
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros,
Me davam então tal vida

Não vivida! sim morrida
No tédio e no desespero,
No espanto e na solidão,
Que a corda dos derradeiros
Desejos dos desgraçados
Por noites do vento suão
Já varias vezes tentara
Meus dedos verdes suados...

Senão quando o amor de Deus
Ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Confia uma sementinha
Perdida entre terra e céus,
E o vento a trás à varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
À qual quis como se fôra
Feita para eu morar nela!

...

Ricardo Ribeiro com Rabih Abou Khalil e a Orquestra Metropolitana de Lisboa

Поделиться в:

Доступные форматы для скачивания:

Скачать видео mp4

  • Информация по загрузке:

Скачать аудио mp3

Похожие видео

Rabih Abou Khalil Trio - Hamburg, Germany, 1991-10-17

Rabih Abou Khalil Trio - Hamburg, Germany, 1991-10-17

Ricardo Ribeiro sobre a Cultura Portuguesa

Ricardo Ribeiro sobre a Cultura Portuguesa

Roots Revival Series 1 - Anatolian Ashik with Petra Nachtmanova  (Full concert in Vienna)

Roots Revival Series 1 - Anatolian Ashik with Petra Nachtmanova (Full concert in Vienna)

Ricardo Ribeiro & Ganhões de Castro Verde - ao vivo no Festival B em Beja

Ricardo Ribeiro & Ganhões de Castro Verde - ao vivo no Festival B em Beja

Ricardo Ribeiro - Tirai os Olhos de Mim [ Official Music Video ]

Ricardo Ribeiro - Tirai os Olhos de Mim [ Official Music Video ]

Guitarra Portuguesa - José Manuel Neto . Luís Guerreiro . Ângelo Freire (instrumental)

Guitarra Portuguesa - José Manuel Neto . Luís Guerreiro . Ângelo Freire (instrumental)

Rabih Abou-Khalil ربيع أبو خليل - Waiting (Stuttgart Open)

Rabih Abou-Khalil ربيع أبو خليل - Waiting (Stuttgart Open)

Ricardo Ribeiro - Ricardo Ribeiro ( Full Album)

Ricardo Ribeiro - Ricardo Ribeiro ( Full Album)

Ricardo Ribeiro emociona-se com surpresa da mãe | Goucha

Ricardo Ribeiro emociona-se com surpresa da mãe | Goucha

Dulce Pontes

Dulce Pontes "Meu Amor sem Aranjuez"

Rabih Abou Khalil Project

Rabih Abou Khalil Project

Ricardo Ribeiro -

Ricardo Ribeiro - "Colectânea"

Vozes do Alentejo na Casa da Musica, Porto

Vozes do Alentejo na Casa da Musica, Porto

Sahara

Sahara

Ricardo Ribeiro - As Mondadeiras - International Portuguese Music Awards 2024

Ricardo Ribeiro - As Mondadeiras - International Portuguese Music Awards 2024

Cristina Branco - tive um coração, perdi-o . trago fado nos sentidos . água e mel . tudo isto é fado

Cristina Branco - tive um coração, perdi-o . trago fado nos sentidos . água e mel . tudo isto é fado

Ricardo Ribeiro Muda a Água às Azeitonas

Ricardo Ribeiro Muda a Água às Azeitonas

Lura e Ricardo Ribeiro -

Lura e Ricardo Ribeiro - "Povo Que Lavas No Rio / Sodade" | #fadotv

Senhora do Almortão - Zeca Afonso . Teresa Salgueiro . Lula Pena (letra)

Senhora do Almortão - Zeca Afonso . Teresa Salgueiro . Lula Pena (letra)

Madredeus - A Estrada da Montanha (Ao Vivo)

Madredeus - A Estrada da Montanha (Ao Vivo)

© 2025 dtub. Все права защищены.



  • Контакты
  • О нас
  • Политика конфиденциальности



Контакты для правообладателей: [email protected]