#17 - ANTÓNIO DE CASTRO CAEIRO - O QUE É A FILOSOFIA?

ENTREVISTA COM O PROFESSOR ANTÓNIO DE CASTRO CAEIRO SOBRE "O QUE É A FILOSOFIA?". NELA FORAM ABORDADAS VÁRIAS QUESTÕES RELACIONADAS À NOÇÃO DE FILOSOFIA A PARTIR DA PERSPECTIVA DE VÁRIOS FILÓSOFOS.

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António de Castro Caeiro (n. Lisboa, 1966) é membro da Sociedade Ibérica de Filosofia Grega. Obteve o grau de mestre em Filosofia Contemporânea com a tese A doutrina da redução fenomenológica nos Grundprobleme der Phänomenologie de Husserl (1990), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), e o grau de doutor em Filosofia Antiga com a tese A Areté como possibilidade extrema do Humano, fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles (1998), pela mesma Universidade. Estudou em Freiburg i. Br. com F.-W. von Herrmann, foi Visiting Scholar na University of South Florida, onde colaborou com Charles Guignon, e ensina na FCSH desde 1990, dedicando-se à Filosofia Antiga e à Filosofia Contemporânea e, em especial, às fenomenologias de Edmund Husserl, Max Scheler e Martin Heidegger. Desde então, também ministra seminários de tradução de textos de teor filosófico em alemão, grego antigo e latim.

CONTEÚDO

1. FRONTEIRAS ENTRE TRADIÇÕES FILOSÓFICAS: CONTINENTAL E ANALÍTICA
1.1. O PROBLEMA DA ADESÃO CLUBISTA FILOSÓFICA
1.2. FREGE: O PROBLEMA DO SENTIDO (SENTIDO E REFERÊNCIA)
1.3. KANT E HUSSERL: A FENOMENOLOGIA E A RELAÇÃO SUJEITO/VISÃO DO OBJETO
1.4. A INCOMPATIBILIDADE ENTRE AMBAS TRADIÇÕES FILOSÓFICAS
1.5. O NOMINALISMO E A DIFERENÇA ENTRE ESCOLAS FILOSÓFICAS

2. A ETIMOLOGIA DA PALAVRA "FILOSOFIA"
2.1. SOPHIA (Σοφία): "TRANSPARÊNCIA", "ABERTURA", "CLAREZA", "INTERVENÇÃO"
2.2. AS METÁFORAS DE CLAREIRA, DE LUZ E DE LUMINOSIDADE
2.3. PHILIA (φιλία): "AMOR", "OBSESSÃO"

3. O AMOR (Ἔρως) ENQUANTO MOTIVO FILOSÓFICO
3.1. EROS, INCONPLETUDE E FILOSOFIA
3.2. A METAFÍSICA NATURAL (FOME ANCESTRAL, OBSESSÃO, AMBIÇÃO DA PROCURA)
3.3. A IMOBILIDADE MATA A FILOSOFIA

4. FILOSOFIA, OPINIÃO (DOXA) E VERDADE (EPISTEME)
4.1. CETICISMO FILOSÓFICO
4.2. DOXA (δόξα): "PARECE-ME A MIM", "OPINIÃO"
4.3. OPINIÃO: A GRANDE INIMIGA DA FILOSOFIA
4.4. A ANÁLISE FILOSÓFICA DAS PRÓPRIAS IDEIAS (OPINIÕES)

5. O DESEJO PELO CONHECIMENTO EM ARISTÓTELES
5.1. DESEJO (ορεξις ): "ESTAR JÁ ONDE EU NÃO ESTOU"
5.2. CONHECER (οῖδα): "SABER", "TER CONHECIMENTO DE", "VER"
5.3. A TENSÃO DO IR NA VIDA HUMANA
5.4. A TENSÃO DO VER (CONHECER ENQUANTO "ÂNSIA DE VER")
5.5. A SEGUNDA FORMA DO OLHAR

6. A FILOSOFIA: MODO DE VIDA E MODO DE DISCURSO
6.1. DISTINÇÃO: EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA/ACADEMICISMO FILOSÓFICO
6.2. PÍNDARO: "APRENDE A TORNA-TE QUEM TU ÉS"
6.3. NIETZSCHE: "PASSA A SER QUEM TU ÉS"
6.4. "OS TEXTOS FILOSÓFICOS ENQUANTO PORTAL PARA O PENSAMENTO"
6.5. A FILOSOFIA E AS EXPERIÊNCIAS DE SITUAÇÕES-LIMITE

7. A FENOMENOLOGIA DE HUSSERL
7.1. "AS PRÓPRIAS COISAS"
7.2. A CONSCIÊNCIA E O ACESSO AOS OBJETOS
7.3. A SUBJETIVIDADE PRESSUPÕE O TEMPO (DURAÇÃO MÍNIMA)
7.4. A CONSCIÊNCIA DO TEMPO
7.5. A REDUÇÃO FENOMELÓGICA E A QUESTÃO DA DURAÇÃO TEMPORAL

8. WITTGENSTEIN: A POSSIBILIDADE DA TRANSPARÊNCIA
8.1. FREGE E A REDUÇÃO DOS ENUNCIADOS DECLARATIVOS
8.2. OS LIMITES DA LINGUEGEM: TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO
8.3. OS PROBLEMAS FILOSÓFICOS, SENTIDO E REFERÊNCIA
8.4. O ESFORÇO PELA CLAREZA

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