Refutando Edir Macedo Esposas

“Reagindo à fala de Edir Macedo”

Quando ouvi a fala do Edir Macedo dizendo que as esposas devem “cobrar” os pastores pelo crescimento das igrejas, algo dentro de mim travou. Porque isso não é apenas uma frase solta. Isso revela a lógica interna de um sistema que transforma casamento em ferramenta de cobrança, pastores em produtos e igrejas em metas empresariais.

Eu vivi isso. Eu senti isso na pele.
A cobrança nunca era espiritual — era numérica.
A pressão nunca era sobre cuidado com pessoas — era sobre resultados.

E como se não bastasse, ele ainda disse:

“Quem não crescer, logo logo vai sair da igreja. E saindo, vocês vão perder os privilégios.”

E então foi além:
“Vocês vão perder tudo — inclusive a salvação.”

Olhe o peso disso. Olhe a gravidade.
Dizer que a salvação depende de bater metas?
De manter números?
De permanecer dentro de uma instituição?

Como se Deus fosse um gerente de RH celestial.
Como se o Reino fosse uma empresa.

E ainda mais irônico:
dizer que alguém ‘vai perder a salvação’ vindo da mesma pessoa que chamou a Graça de Deus de ‘desgraça’.

A contradição fala por si só.

E é por isso que eu digo com toda seriedade:
Macedo, arrependa-se. Feche essa empresa religiosa. Só assim talvez você encontre o caminho da salvação.

Porque enquanto continuar transformando fé em negócio, ameaça em doutrina e controle em espiritualidade… o caminho não é outro senão condenação — não porque eu digo, mas porque o próprio evangelho denuncia esse tipo de prática.

Sobre sua saúde, não faço afirmações — apenas digo o óbvio:
a vida é curta, o tempo passa, e ninguém sabe quantas oportunidades de arrependimento ainda restam.
A pergunta é: ainda há tempo?
Sim. Ainda há.
Mas ninguém sabe até quando.

Mensagem às esposas e aos pastores

Saibam disso: vocês ainda têm tempo.
Tempo para sair, para respirar, para enxergar, para viver — e, principalmente, para recuperar a própria fé.

Porque permanecendo ali dentro, vocês se tornam, mesmo sem perceber, cúmplices das más obras.
Cúmplices do medo, da manipulação, da chantagem emocional, da falsa doutrina, da exploração espiritual.

E isso é fato.

Nós saímos.
E depois que saímos, trabalhamos, reconstruímos nossas vidas, cuidamos da nossa própria salvação — e descobrimos algo que lá dentro nunca existiu:

Paz.
Uma paz verdadeira.
Uma consciência tranquila.
A certeza da salvação pela graça do Senhor Jesus — não pelos números, não pelas metas, não pela aprovação humana.

Hoje, eu digo a vocês com amor, mas também com urgência:

Fujam. Fujam enquanto há tempo.
Não esperem mais um mês, mais um ano, mais uma ameaça, mais uma cobrança destruidora.

Amanhã pode ser tarde demais.