POR QUE DEUS PERMITIU A SEPARAÇÃO, O DESERTO E A AMANTE? Restauração de Casamento.

Quando nós pensamos em separação, adultério, abandono e deserto, a sensação imediata é de injustiça, dor, confusão e perda. Parece que Deus ficou em silêncio, parece que Ele não impediu a queda, parece que o inimigo venceu, parece que a amante prevaleceu, parece que o casamento acabou. Porém, diante das Escrituras e da revelação espiritual, percebemos que absolutamente nada disso é verdade. O que você está vivendo não é destruição; é tratamento. Não é fim; é processo. Não é abandono; é cirurgia divina. Deus não permitiu a separação para te envergonhar; Ele permitiu para expor, tratar, restaurar e glorificar o nome dEle na sua história. Quando Deus quer transformar um casamento, Ele começa quebrando estruturas que pareciam seguras, mas que estavam construídas sobre orgulho, traumas, feridas, idolatria, padrões de pecado e brechas emocionais. E muitas vezes, para expor o que estava escondido, Deus permite a queda — não porque quer destruir, mas porque precisa revelar o que você e seu cônjuge não enxergariam de outra forma.

1. Deus permite a separação para revelar o que estava oculto

Assim como Jó, que era íntegro, temente a Deus e de coração sincero, mas que carregava em áreas internas um orgulho invisível e uma justiça própria não percebida, o casamento muitas vezes esconde raízes que precisam ser expostas. Porque enquanto tudo está “funcionando”, emocionalmente ou estruturalmente, certas feridas internas continuam invisíveis. A prosperidade esconde o orgulho. A rotina esconde o ego. A estabilidade esconde a arrogância emocional. O conforto esconde a falta de dependência de Deus. A vida conjugal aparentemente normal esconde áreas que precisam urgente restauração, mas que só aparecem quando a crise chega. Deus não mostra Leviatã quando a pessoa está no auge; Ele mostra Leviatã quando tudo desaba. Foi por isso que, no final do processo, Deus mostra a Jó um capítulo inteiro — Jó 41 — só para falar do espírito de orgulho, dureza, teimosia, autodefesa e confusão. Deus revela Leviatã quando quer restaurar. A separação é a luz que revela o que a vida escondia. E por isso Deus permite.

2. A separação expõe o coração do cônjuge, mas também expõe o seu

É muito comum imaginar que a separação expõe apenas o pródigo — o erro dele, a amante, o adultério, a frieza, a rebeldia. E é verdade. Tudo isso fica exposto como nunca antes. Deus escancara a real condição espiritual do pródigo. Ele mostra sua imaturidade, seus vazios, suas feridas, sua instabilidade emocional, sua teimosia espiritual, suas carências, sua falta de identidade, e até mesmo sua escravidão a espíritos como Jezabel, sedução, confusão e especialmente Leviatã — o espírito de orgulho e torção. Porém, a separação também expõe você: seus medos, suas inseguranças, sua necessidade de cura interior, seus padrões emocionais repetidos, seu descontrole, sua dependência emocional, sua idolatria do casamento, a forma como você reagia, falava e se posicionava. Deus não expõe para destruir; expõe para tratar. Expõe para curar. Expõe para transformar. Expõe para construir algo novo.

3. O deserto é a escola de Deus: ninguém sai igual

Deus levou Israel ao deserto para quebrar o orgulho e ensinar dependência. Deus levou Elias ao deserto para restaurar sua identidade e sua força emocional. Deus levou Davi ao deserto para tratar caráter e tirar a pressa da alma. Deus levou Jesus ao deserto para confrontar o inimigo e iniciar seu ministério cheio do Espírito. Deus leva você ao deserto porque ali Ele faz a cirurgia espiritual que não pode ser feita na comodidade. O deserto é onde Deus desmonta suas autodefesas, silencia seus medos, cura seu passado, purifica seus sentimentos e realinha seu coração com o dele. O deserto não é punição; o deserto é disciplina amorosa. O deserto é o lugar onde Deus separa você de tudo que te distraía, de tudo que te influenciava, de tudo que ocupava espaço demais no seu coração. O deserto é onde Deus trata você para que você esteja maduro no dia da restituição. Você não está no deserto por fraqueza; está no deserto por propósito.