A chave para abrir o futuro da pesca | Mudar para Melhor

É no porto de Sesimbra, no distrito de Setúbal, que começa mais uma viagem ao setor das pescas, naquele que é o segundo episódio da série Mudar para Melhor. Desta vez, Fátima Lopes entra a bordo do Leonis, um dos barcos da frota da empresa Testa & Cunhas que mantém uma visão de inovação constante, apesar dos mais de 90 anos de história. Um exemplo de como a arte da pesca de arrasto costeira tem vindo também a mudar para melhor, com uma prática mais sustentável dos recursos marinhos e da preservação do ecossistema marítimo, através de conhecimento científico e de tecnologia disponível nas embarcações. Uma atividade que oferece hoje melhores condições de trabalho aos pescadores, quer em termos de segurança, quer em termos de remuneração. De referir que a pesca emprega 15.324 pescadores em Portugal, de acordo com os dados do INE de 2020, com a arte de arrasto costeira a reunir a maior taxa de pescadores inscritos com menos de 55 anos. Já no que toca a dados de captura, onde a arte do arrasto representa apenas 2% da frota, esta atividade é responsável por 15% das mais de 160 mil toneladas de pescado capturado pelos barcos portugueses, durante o ano passado.

Neste cruzar de histórias e know-how dos profissionais e das várias gerações, Fátima Lopes irá descobrir, durante a madrugada em que acompanha a equipa do Leonis, como se processa o trabalho dentro deste tipo de embarcação de pesca, observando e trabalhando lado-a-lado com os pescadores em alguns momentos. É com os testemunhos do mestre Carlos Santos, já com uma longa experiência, e do jovem contramestre Rafael Cunha, que percebemos como a paixão aliada à vontade de trabalhar fazem desta profissão uma oportunidade de carreira com sucesso. Mas para isso é também importante contar com uma perspetiva inovadora por parte de empresários, que estejam empenhados em apostar na modernização das frotas e na sustentabilidade dos recursos naturais e humanos. António Miguel Cunha, armador, dá o seu contributo numa visão sobre a evolução da atividade e como se pode criar uma maior agilidade no modelo de formação para tornar o setor mais atrativo na captação de talento. Uma abordagem que está em linha com as prioridades do Programa Mar 2020 na promoção de uma pesca ambientalmente sustentável e no aumento do emprego dentro do setor. Aqui pode estar a chave para abrir o futuro da pesca!

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