O PLANETA MAIS PARECIDO COM A TERRA JÁ ENCONTRADO: TRAPPIST-1e pode ter atmosfera habitável!
Автор: Ciência News
Загружено: 2025-09-09
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O sistema TRAPPIST-1, localizado a apenas 40 anos-luz da Terra, já é famoso desde 2016 por abrigar sete planetas rochosos, todos orbitando uma estrela do tipo anã vermelha. Agora, novas observações feitas pelo telescópio espacial James Webb reacenderam o interesse nesse sistema. Os dados sugerem que um desses planetas, chamado TRAPPIST-1e, pode ser o mais parecido com a Terra já descoberto até hoje.
O planeta tem tamanho muito próximo ao da Terra e está situado na chamada zona habitável de sua estrela, a região onde a temperatura permite a existência de água líquida na superfície. Mas o detalhe mais importante desta vez não é apenas a posição do planeta, e sim o fato de que os cientistas encontraram indícios de que ele pode ter uma atmosfera, algo essencial para manter a água em estado líquido e, consequentemente, para sustentar condições favoráveis à vida.
Para investigar isso, os astrônomos utilizaram um método conhecido como trânsito. Quando o planeta passa na frente da estrela, parte da luz estelar atravessa sua possível atmosfera antes de chegar até nós. Essa luz carrega informações sobre quais gases podem estar presentes ali. A equipe analisou quatro desses trânsitos de TRAPPIST-1e, mas o trabalho não é nada simples. A estrela TRAPPIST-1 é uma anã vermelha ativa, cheia de explosões e manchas estelares que podem contaminar os dados. Por isso, os cientistas precisaram aplicar muitas correções antes de tentar extrair as informações sobre o planeta.
O resultado ainda é ambíguo, mas muito animador. Os dados parecem ser compatíveis com uma atmosfera rica em nitrogênio, com pequenas quantidades de dióxido de carbono e metano. Isso é especialmente interessante porque a atmosfera da Terra também é composta em sua maior parte por nitrogênio, cerca de 78%. Ao mesmo tempo, os resultados descartam atmosferas semelhantes às de Vênus e Marte, que são ricas em dióxido de carbono. Isso já é uma boa notícia, pois significa que, se o planeta realmente tiver atmosfera, ela não seria sufocante como a de Vênus nem rarefeita como a de Marte.
Apesar desse avanço, ainda não é possível confirmar com segurança que TRAPPIST-1e tenha mesmo uma atmosfera. O astrofísico Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews, explicou que estamos diante de duas possibilidades: a mais empolgante, que o planeta possua uma atmosfera secundária rica em gases pesados como o nitrogênio, e a menos interessante, que ele seja apenas uma rocha nua, sem atmosfera alguma.
Esse tipo de dúvida é comum porque as estrelas anãs vermelhas, como a TRAPPIST-1, apresentam um desafio enorme para a habitabilidade. Diferente do Sol, elas emitem radiação intensa e constantes erupções que podem destruir ou erodir a atmosfera dos planetas em órbita. Inclusive, observações anteriores de outro planeta do mesmo sistema, o TRAPPIST-1d, não mostraram sinais de atmosfera. Isso faz os cientistas se perguntarem se realmente seria possível para planetas tão próximos de anãs vermelhas manterem as condições necessárias para a vida.
Mesmo assim, TRAPPIST-1e ocupa uma posição um pouco mais favorável em relação à estrela. Ele não está tão perto quanto o planeta d, e isso pode ter ajudado a preservar uma atmosfera. Se isso for confirmado, estaríamos diante de uma das descobertas mais empolgantes da busca por uma “segunda Terra”.
A pesquisa foi conduzida por duas equipes independentes. Uma delas foi liderada por Néstor Espinoza, do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial, e Natalie Allen, da Universidade Johns Hopkins, que trabalharam na análise dos dados obtidos pelo James Webb. Já a interpretação dos resultados foi feita por um grupo liderado pela astrofísica Ana Glidden, do MIT.
Os artigos científicos relatando os achados foram publicados no periódico The Astrophysical Journal Letters. E ainda que os resultados sejam inconclusivos, eles já representam um grande avanço. Pela primeira vez, os cientistas começam a investigar, com o nível de detalhe necessário, a composição atmosférica de planetas do tamanho da Terra, em um sistema estelar relativamente próximo.
De acordo com a astrônoma Sara Seager, também do MIT e coautora do estudo, TRAPPIST-1e continua sendo um dos exoplanetas mais promissores dentro da zona habitável. Esses novos resultados, ainda que iniciais, nos aproximam de entender que tipo de mundo ele realmente é.
O próximo passo é continuar coletando mais dados com o James Webb. Cada novo trânsito observado ajuda a melhorar o sinal e a reduzir a incerteza. Se as futuras observações confirmarem a presença de uma atmosfera rica em nitrogênio, o TRAPPIST-1e pode se tornar o exoplaneta mais parecido com a Terra já descoberto.
A própria Ana Glidden comentou sobre essa conquista, destacando como é incrível poder medir os detalhes da luz de um planeta tão pequeno e distante, e ainda assim começar a descobrir como seria sua superfície e atmosfera.
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