Pele Sensível x Pele Sensibilizada: Como Diferenciar e Tratar? | Dr. João Tassinary

O especialista João Tassinary aborda a crescente importância da individualização nos tratamentos estéticos faciais, destacando a necessidade de adaptar procedimentos e produtos para cada tipo de pele, com atenção especial à pele sensível. Ele inicia diferenciando a pele sensibilizada da pele sensível.

A pele sensibilizada é aquela que se encontra em estado de sofrimento, lesão ou inflamação, necessitando exclusivamente de tratamentos regenerativos. Procedimentos agressivos como peelings físicos ou químicos queratolíticos e limpezas de pele intensas são contraindicados para evitar o agravamento do quadro. O foco para a pele sensibilizada deve ser a recuperação da barreira cutânea e do manto hidrolipídico.

Em contraste, a pele sensível, identificada por meio de protocolos de avaliação validados, como questionários — sendo o questionário de classificação de tipos de pele de Leslie Baumann um dos mais utilizados —, geralmente tolera a maioria dos tratamentos estéticos aplicados a peles normais ou resistentes, mas requer precauções específicas.

Ao realizar um peeling mecânico, a abrasão deve ser minimizada; em peelings químicos, é aconselhável usar um pH mais elevado ou uma concentração menor do ácido; no microagulhamento, a escolha do drug delivery e o tamanho da agulha demandam cuidado especial. A recomendação geral para peles sensíveis é incorporar recursos regeneradores antes, durante e após os procedimentos para proteger e auxiliar na recuperação.

O especialista sugere quatro ativos cosméticos benéficos para este perfil: Niacinamida (até 10%), que fortalece a barreira e regula a oleosidade; Resveratrol (5%), um potente antioxidante e regenerador que também combate a bactéria da acne; Vitamina E (5%), reconhecida por sua capacidade de reparo da barreira cutânea; e Depantenol (1%), com ação reparadora. Ele recomenda a inclusão desses ativos na rotina de skincare. Além disso, indica o Cicaplast como um produto comercial confiável e com respaldo científico, útil para hidratação e regeneração, por exemplo, após o microagulhamento.

A mensagem central é clara: diferenciar corretamente os estados da pele e, no caso da pele sensível, proceder com cautela nos tratamentos, integrando ativos e produtos regeneradores para garantir a segurança e eficácia dos resultados.

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