Bruno Lopes: O financiamento da Inquisição portuguesa (...)
Автор: CHAM - Centro de Humanidades
Загружено: 2017-05-12
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Bruno Lopes
CIDEHUS-UE, CITCEM-FLUP, PIUDHis
«O financiamento da Inquisição portuguesa entre D. João IV e o Marquês de Pombal»
Seminário Permanente História Institucional e Política
27 de Março 2017.
FCSH/NOVA - Edifício ID, Sala Multiusos 2
CHAM, 2017.
RESUMO
Ainda hoje, persiste na memória colectiva a associação entre a actividade inquisitorial e o confisco de bens. No decurso da tese de doutoramento em curso, pretende-se desenvolver esta questão mudando o foco de análise, todavia. O estudo das finanças inquisitoriais acarreta a definição das bases de financiamento da instituição, que iam, certamente, além do confisco de bens, maioritariamente, sobre a população cristã-nova. Este último era uma fonte de receita sujeita a flutuações que dificultariam, de forma marcante, a existência de rendas fixas que permitissem uma vida saudável dos cofres do Santo Ofício.
No trabalho que se apresenta, pretende-se traçar uma análise global das fontes de receita dos diferentes tribunais metropolitanos da Inquisição portuguesa (Coimbra. Évora e Lisboa). O foco de análise está centrado nos diferentes meios de financiamento desenvolvidos pelo Tribunal, no seu conjunto. Para além disso, pretende-se identificar as relações institucionais entre a Inquisição e os demais poderes da Época Moderna, entre os marcos cronológicos de 1640 e 1773.
Assim, pretende-se questionar como era composto o leque de meios de financiamento à disposição do Tribunal e quem tinha contribuído para esse cenário. Nalguns casos, as razões porque eram aquelas receitas e não outras parecem mais evidentes; noutros, as respostas são ainda um pouco difusas.
Aparentemente, a Inquisição portuguesa esteve sempre dependente da Monarquia para obter financiamento e não soube desenvolver, autonomamente, meios de financiamento próprios.
NOTA BIOGRÁFICA
Bruno Lopes é licenciado em História – Ramo de Património Cultural, pela Universidade de Évora, em 2008. Na mesma instituição concluiu o mestrado em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural, em 2012, com a dissertação: «Da investigação à valorização do património histórico local: comissários e familiares do Santo Ofício em Arraiolos nos séculos XVII e XVIII».
É bolseiro de investigação científica, desde 2009, sendo, actualmente, doutorando da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (SFRH/BD/84161/2012), com a dissertação «Os Pilares Financeiros da Inquisição Portuguesa. 1640-1773», no âmbito do Programa Interuniversitário de Doutoramento em História (PIUDHist) pela Universidade de Évora.
PRINCIPAIS TRABALHOS PUBLICADOS
LOPES, Bruno, «Os dinheiros da Inquisição portuguesa: o exemplo dos tribunais de Évora e Lisboa (1701-1755)», in Revista de História da Sociedade e da Cultura, n.º 16, 2016, pp. 189-215.
BRANCO, Manuel J. C., LOPES, Bruno e OLIVAL, Fernanda (eds.), Marcas da Inquisição em Évora: acervos do Museu e da Biblioteca Pública: catálogo, Lisboa, Apenas Livros, 2016.
FAÍSCA, Carlos Manuel; LOPES, Bruno, «Desigualdade de rendimento no Alentejo do Antigo Regime: Arraiolos, Avis e Portalegre (1690-1725)», In Análise Social, n.º 215, l (2.º), 2015, pp. 330-354.
LOPES, Bruno, A Inquisição em Terra de Cristãos-Novos. Arraiolos 1570-1773, Lisboa, Apenas Livros, 2013.
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