Fisiologia de Defesa e Estresses

Capítulo 3: Fisiologia de Defesa e Estresses
Este capítulo explora as estratégias fisiológicas e moleculares que as plantas utilizam para perceber, aclimatar-se e defender-se de estresses abióticos (físico-químicos) e bióticos (organismos).• Respostas a Estresses Abióticos (Seca e Salinidade): A seca e a salinidade impõem estresse osmótico. O Ácido Abscísico (ABA) é o hormônio central, induzindo o fechamento estomático para conservar água (resposta de curto prazo). Mecanismos de tolerância a longo prazo incluem o ajuste osmótico (acúmulo de solutos como prolina) e a desintoxicação de ROS (Espécies Reativas de Oxigênio) por meio de um robusto sistema antioxidante enzimático e não enzimático.• Estresses Térmicos: O estresse por calor ativa a Resposta ao Choque Térmico (HSR), resultando na produção de Proteínas de Choque Térmico (HSPs) que funcionam como chaperonas para proteger proteínas. O estresse por frio envolve a aclimatação, alterando a fluidez das membranas e acumulando solutos crioprotetores.• Defesa Contra Patógenos: É um sistema de duas camadas: a Imunidade Desencadeada por Padrões (PTI), uma defesa basal ativada por receptores de superfície (PRRs) que reconhecem MAMPs, e a Imunidade Desencadeada por Efetores (ETI), uma resposta mais forte e específica, ativada por proteínas de resistência intracelular (R) que reconhecem efetores do patógeno, frequentemente culminando na Resposta Hipersensível (HR) (morte celular programada).• Defesa Contra Herbívoros: Inclui defesas diretas (barreiras físicas como espinhos e metabólitos secundários tóxicos/antialimentares) e indiretas (emissão de Compostos Orgânicos Voláteis - COVs - para atrair inimigos naturais do herbívoro).• Crosstalk Hormonal de Estresse: O balanço entre ABA (abiótico), Ácido Salicílico (SA) (patógenos biotróficos), e Jasmonatos (JA)/Etileno (ET) (patógenos necrotróficos e herbívoros) coordena as defesas. O antagonismo entre as vias SA e JA/ET é um mecanismo de alocação de recursos.