Ofó: Mulheres negras e (re)existência

Este curta documentário nasce do projeto "Ofó Papo de Curimba, Mulheres negras e (re)Existência", desenvolvido nas comunidades de terreiro do Ylê Asé Egi Omim, Ylê Asé OMI Eja, Ilê Asé Orisá Tomiwa ao longo do ano de 2025.

A iniciativa é uma parceria entre o Ylê Axé Egi Omim e o PET Povos de Terreiro/UFRJ, por meio dos projeto de extensão "Heroínas Negras da História Não Contada do Brasil" e do projeto de pesquisa "Psicologia Política do Racismo na Formação Social Brasileira e a Reinvenção do corpo-potência arkhé-axé".

A partir da contação de histórias, da oralidade e das práticas socioculturais de terreiro, revisitamos as trajetórias de quatro mulheres negras fundamentais para a formação do Brasil, cujos legados seguem vivos nas encruzilhadas da memória, do território e da luta por dignidade:
Esperança Garcia – a primeira advogada negra do Piauí, que transformou a escrita em denúncia e liberdade.
Maria Felipa de Oliveira – a guerreira da Independência da Bahia, liderança cabocla que enfrentou tropas portuguesas com estratégia, território e saber das folhas.
Tia Ciata – matriarca do samba carioca, cujo terreiro na Praça Onze desafiou a perseguição religiosa e deu corpo ao batuque que funda a musicalidade negra brasileira.
Carolina Maria de Jesus – escritora e poeta do Canindé, que fez da palavra um instrumento de sobrevivência, beleza e denúncia social.
O curta registra as rodas de conversa e oficinas que compuseram a série especial “Ofó – Mulheres Negras e (Re)Existência”, celebrando as potências ancestrais que atravessam terreiros, quilombos e comunidades tradicionais.

O financiamento é do Edital Mãe Gilda de Ogum, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -FNDE/PET (bolsas do Programa de Educação Tutorial) e do Programa de Apoio a Docente Recém-Doutor Antonio Luís Vianna da UFRJ (material permanente).

Que estas histórias sigam abrindo caminhos, fortalecendo nossas memórias e alimentando o futuro que estamos construindo juntas e juntos desde a potência cultural e epistêmica dos terreiros do Brasil.