As mensagens subliminares de 007

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James Bond é mais do que um personagem de entretenimento. Ele é um instrumento de leitura histórica. Cada ator que o interpretou representou, de maneira involuntária, a psique coletiva do Ocidente em sua época. A franquia 007 registrou as transições de hegemonia, o humor das sociedades anglo-ocidentais, suas ansiedades estratégicas, seus ciclos de confiança e decadência. Bond sempre foi o espelho da autoimagem do Ocidente: ora seguro, imperial e confiante, ora escapista e iludido, ora tecnológico e globalista, ora exausto e fragmentado. Por isso a série funciona como arquivo psicológico da ordem ocidental e, ao mesmo tempo, como um indicador de seu futuro. A trajetória do personagem acompanha a trajetória da própria civilização que o produziu: ascensão, otimismo, paranoia, desilusão e colapso simbólico. Ler Bond é ler o Ocidente.

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