O Motim mais Perturbador da História Naval

Em 1628, o orgulho da Companhia das Índias Orientais Holandesas – o novíssimo e colossal Batavia, de 600 toneladas – deixou os cais da Holanda em direção aos portos de especiarias da Ásia. A bordo, mais de 300 almas em busca de fortuna e famílias em busca de um novo começo. No porão, baús abarrotados de prata, suficientes para transformar reinos inteiros.
Durante meses, o Batavia atravessou mares tempestuosos, recifes traiçoeiros e piratas. Até que, numa manhã cinzenta, bem longe de qualquer socorro, o casco rasgou-se num anel de corais escondidos. Em questão de minutos, o navio se partiu, e os sobreviventes ficaram presos em um banco de areia desolado – sem água, sem abrigo e sem caminho de volta.
Só que o maior perigo não viria do oceano. O que estava por vir colocaria em xeque a própria humanidade dos sobreviventes.

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