É assim que vive o zagueiro LÉO PEREIRA, do Flamengo. Considerado um dos maiores do Brasil

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Leonardo Pereira, nascido em Curitiba, no Paraná, sempre teve uma relação natural com o futebol. Ele começou muito cedo no tradicional Trieste, um dos clubes formadores mais conhecidos da capital paranaense. No início, atuava como lateral-esquerdo, posição onde chamava atenção pela força física e, principalmente, pelo jogo aéreo. Léo fazia muitos gols de cabeça e também se destacava nas cobranças de falta frontais — uma característica rara para jogadores tão jovens.

Foi justamente sua altura acima da média que fez os treinadores tomarem uma decisão que mudaria completamente sua trajetória: mover o garoto para a zaga. E essa escolha não poderia ter sido mais acertada. No pré-infantil, já como zagueiro, Léo começou a se destacar com autoridade, conquistando espaço rapidamente e chamando a atenção dos dois maiores clubes da cidade: Athletico Paranaense e Coritiba.

A disputa foi forte, mas o jovem talento optou pelo projeto do Furacão.


Léo Pereira chegou ao Athletico Paranaense em 2010 e, ainda adolescente, já impressionava. Aos 16 anos, era titular absoluto do Sub-18, mostrando personalidade e maturidade acima da idade. E 2012 foi o ano que consolidou seu nome dentro da base atleticana: foram três títulos importantes — a Yokohama Cup, a Copa do Brasil Sub-17 e o Campeonato Paranaense Sub-18.

Nesse último, seu impacto foi tão grande que chamou atenção de toda a comissão técnica: Léo participou de 16 dos 20 jogos e marcou 10 gols atuando como zagueiro. Um feito absolutamente fora do comum.

No início de 2013, enquanto se preparava para disputar a Copa São Paulo, um treinador que o acompanhava desde a base, Ricardo Vargas, disse que em no máximo 1 ano, estaria no time principal.

Logo após a Copinha, Léo foi integrado ao time Sub-23 do Athletico que disputava o Campeonato Paranaense. Sua estreia profissional aconteceu no dia 10 de março de 2013, na vitória por 2–1 diante do Rio Branco-PR. Era o começo oficial da carreira de um zagueiro que, anos depois, se tornaria um dos nomes mais importantes do futebol rubro-negro.

Após subir rápido nas categorias de base, Léo Pereira enfrentou algo comum na vida de jovens zagueiros: a necessidade de ganhar minutagem. No Athletico, o espaço era pequeno, e o clube entendeu que ele precisava vivenciar jogos profissionais para acelerar seu amadurecimento.
Assim, em 27 de julho de 2015, Léo foi emprestado ao Guaratinguetá, junto com outros 13 jogadores. Foi seu primeiro desafio longe de casa, em um ambiente totalmente diferente, com pressão real de resultados e enfrentando atacantes mais experientes — algo fundamental para sua evolução.



No ano seguinte, em 26 de maio de 2016, veio mais um empréstimo, desta vez para o Náutico. A passagem foi curta, mas importante. Ali, Léo teve a chance de experimentar o clima do futebol nordestino, que é intenso, competitivo e cheio de personalidade. Mesmo sem grande sequência, o período ajudou o zagueiro a ganhar casca e se preparar psicologicamente para desafios maiores.



A virada aconteceu em 16 de março de 2017, quando Léo foi emprestado ao Orlando City B, nos Estados Unidos. A mudança de país foi marcante. No ambiente americano, ele encontrou uma estrutura diferente, métodos modernos de treino e um futebol mais físico. Disputou a USL e chegou a participar de 10 jogos pela MLS, vivendo algo que muitos jogadores brasileiros não experimentam tão cedo na carreira: o impacto de uma liga internacional.

Essa passagem deu a Léo uma nova perspectiva de jogo, ajudando a aprimorar saída de bola, leitura tática e posicionamento — características que viriam a se tornar marcas registradas dele.


No dia 19 de dezembro de 2017, Léo voltou ao Athletico… e voltou diferente. Mais maduro, mais forte e muito mais preparado.

Mas as coisas ficariam ainda melhor...Em janeiro de 2020, Léo Pereira chegou ao Flamengo cercado de expectativa. O clube fez um grande investimento para trazê-lo, e a pressão para entregar resultado foi imediata. A estreia aconteceu logo no início do ano, mostrando ao torcedor que um novo ciclo começava para o zagueiro.

O início, porém, não foi simples. Apesar de alguns momentos positivos, Léo demorou a se firmar. As primeiras temporadas foram marcadas por oscilações, críticas e a sensação constante de que ele precisava provar seu valor a cada jogo. No Flamengo, a cobrança nunca é baixa — e ele viveu isso intensamente.

Mas tudo mudou quando chegou 2022. Léo Pereira amadureceu, ganhou confiança e se transformou em um dos pilares da equipe. A partir dessa virada, começou a colecionar atuações sólidas, presença em jogos decisivos e uma importância cada vez maior dentro do elenco. A marca dos 100 jogos pelo clube veio em uma partida fundamental, que garantiu o Flamengo em mais uma final nacional — um momento simbólico na sua trajetória.