Umbanda na Prática: Como Consagrar sua Pulseira (ou Amuleto) na Força de Ogum

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Consagração de Pulseira para Ogum na Umbanda Paulo Ludogero introduziu o tema da Umbanda na prática, explicando o processo de consagração de uma pulseira para Ogum. O objetivo é carregar a força e o axé dos orixás no dia a dia, servindo como proteção, lembrete da fé e um objeto físico que conecta o indivíduo ao sagrado. Consagrar, para eles, significa imantar, cruzar e dar vida espiritual a um objeto, transformando-o em um ponto de força que atrai vibrações específicas e repele energias negativas.
Escolha do Objeto e Força de Ogum A consagração é focada em uma pulseira, que pode ser de hematita, cristal vermelho, azul marinho ou pedras como granada, desde que haja afinidade com a cor e o elemento. O apresentador escolheu Ogum por ser o orixá da lei, da ordem, da tecnologia e o vencedor de demandas, ideal para pedir por proteção, força de vontade e abertura de caminhos. Qualquer objeto de uso pessoal pode ser consagrado, como anéis, pedras, chaves ou canetas, mas a pulseira é discreta e serve como lembrete constante da fé, sendo o "Ogum" do indivíduo em seu pulso.
Local Ideal para Consagração e Alternativa Doméstica O local ideal para a consagração é o terreiro, devido ao chão ser cruzado, à egrégora estabelecida e à presença dos sacerdotes e entidades incorporadas que podem reforçar a consagração. No entanto, Paulo Ludogero reconheceu que, na ausência de um terreiro confiável ou por uma necessidade imediata, a consagração pode ser realizada em casa, exigindo maior seriedade, respeito, fé e concentração, já que não haverá a egrégora do terreiro para ajudar.
Passos para a Consagração Doméstica Para realizar a consagração em casa, deve-se separar os materiais: a pulseira (nova ou lavada em águas purificadoras), uma vela (vermelha, azul escura ou branca), um copo com água (para absorver energias e banhar a pulseira), incenso de vareta e um pires de suporte para a vela. O processo envolve escolher um momento calmo, tomar um banho de higiene (e de ervas, se souber), vestir uma roupa clara e discreta, e limpar o local. Durante o ritual, o indivíduo deve acender a vela e o incenso, purificar o ambiente com o incenso, segurar a pulseira, fechar os olhos e mentalizar Ogum como um cavaleiro forte.
Oração e Finalização do Ritual Paulo Ludogero sugeriu usar uma oração de seu livro ou fazer uma oração pessoal com intenção forte e positiva, como um Pai Nosso, durante a qual a pessoa deve segurar a pulseira, passá-la na fumaça do incenso e banhá-la na água. O apresentador recitou uma oração pedindo a intercessão de Ogum, proteção contra energias negativas e maus instintos, e a consagração da pulseira como amuleto e proteção. Ao final, a pessoa pode entronar a pulseira (usá-la) imediatamente ou deixá-la perto da vela, água e incenso até que a vela termine.
Cuidados com a Pulseira Consagrada A pulseira consagrada é um ponto de firmeza e uma extensão da fé, não um amuleto mágico que resolve tudo sozinho. Deve-se cuidar dela, evitar usá-la em locais de energia muito baixa e retirá-la durante atividades profanas ou momentos de intimidade. Se não frequentar um terreiro, é necessário reenergizar a pulseira a cada 30, 60 ou 90 dias com uma nova oração a Ogum. O apresentador enfatizou a importância de, assim que possível, levar a pulseira a um terreiro para que o Pai ou Mãe de Santo ou uma entidade reforcem e abençoem a consagração feita em casa.
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