🐟 Live Especial – Construção de Tanques, pH e Manejo Inteligente na Tilapicultura 🌊

Neste bate-papo direto do campo, abordamos os principais desafios e estratégias para uma piscicultura mais eficiente, mesmo em tempos de crise. A live trouxe um conteúdo rico e real, com base em experiências práticas no Oeste do Paraná. Abaixo, um resumo completo dos temas abordados:

🔹 1. Construção e reforma de tanques escavados

Tanques rasos sofrem mais com o frio: amanhecem facilmente com 14–15 °C.

Tanques fundos (2,5m a 3m) mantêm a temperatura mais estável.

Isso impacta diretamente no crescimento e sobrevivência da tilápia.

Reformar aos poucos vale a pena se você pensa em continuar na atividade.

Tanques maiores e mais profundos atendem melhor à demanda dos frigoríficos.

🔹 2. pH e agitação da água: desmistificando o problema

O pH varia naturalmente ao longo do dia.

Tilápia se adapta ao pH, desde que ele não varie bruscamente.

Agitar a água é essencial para manter o pH mais homogêneo e a saúde dos peixes.

O perigo é a diferença de pH entre o fundo e a superfície por falta de mistura.

🔹 3. Automação, erros e aprendizados

A automação ajuda muito, mas falhas acontecem (ex: painel desligado = areador não liga).

É importante sempre manter um areador em modo manual como segurança.

A boia com proteção para a sonda ajuda a evitar que ela saia da água ao baixar o nível.

🔹 4. Trato no inverno: quando alimentar?

O melhor horário para trato no inverno é pela manhã, quando a água está fria.

Isso limita o apetite da tilápia, evitando excesso e problemas digestivos.

Tratar ao meio-dia pode ser perigoso: a água ainda está subindo de temperatura, mas logo esfria, impedindo a digestão completa.

🔹 5. Empedramento e estrutura

Empedrar o fundo do tanque custa caro no início, mas reduz assoreamento e aumenta a vida útil.

Facilita a movimentação da água, decantação dos sólidos e manutenção da qualidade.

🔹 6. Densidade e evolução na piscicultura

Antes: 1–2 peixes/m². Hoje: até 15 peixes/m² em tanques bem manejados.

Isso só é possível com investimento em estrutura, oxigenação e controle.

Com o mesmo espaço, mão de obra e equipamentos, o produtor pode dobrar o faturamento.

🔹 7. Criação em caixas d’água e aquaponia

É possível criar tilápia em caixas de 1.000 litros, desde que com sistema de filtragem e recirculação.

Ideal para hobby, aprendizado ou produção pequena com aproveitamento da água em aquaponia.

🔹 8. Amônia, nitrito e importância do controle

Níveis altos de amônia e nitrito são perigosos, mas não justificam cortar trato.

Com boa oxigenação e manejo, o peixe continua comendo e crescendo.

Chafariz ajuda a oxidar compostos tóxicos. O areador de pá mistura a água sem esfriar demais.

🔹 9. Recirculação e o futuro da produção

A tendência é cada vez mais produtores adotarem sistemas com recirculação da água.

Menos uso de água nova = menos impacto ambiental, mais controle e segurança.

Isso permite manter a mesma água com qualidade ao longo dos ciclos produtivos.

🔹 10. Planejamento, acesso e logística

Tanques precisam estar em locais com acesso em dias de chuva.

A falta de acesso pode atrasar carregamentos e gerar prejuízos.

Tanques maiores atendem melhor demandas de mercado e garantem preferência em tempos de crise.

🎯 Conclusão
A tilapicultura evoluiu e exige adaptação. Tanques mais fundos, mais agitação, automação bem aplicada, trato consciente e investimento em estrutura são os pilares para enfrentar o inverno, evitar perdas e melhorar resultados. O segredo está no básico bem feito, aliado à observação constante e uso da tecnologia certa no momento certo.

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