"Bananinhas" | A incrível saga dos indicadores de direção tipo semáforo! | Papo Técnico Ep. 06

Olá! Seja bem-vindo(a) ao canal. Aqui é o Evandro Fullin e no nosso Papo Técnico de hoje, você e eu vamos explorar a evolução das lendáriass bananinhas!

Tecnicamente chamadas de indicadores de direção tipo semáforo, ou tipo seta, as "bananinhas" proliferaram nas primeiras décadas dos veículos automotores e foram precursoras dos sistemas atuais com luzes indicadoras de direção intermitentes, mais conhecidas no dia-a-dia como “pisca-piscas”.

Com a popularização dos veículos automotores a partir da primeira década do século passado, o trânsito nas grandes cidades, já caótico com os veículos de tração animal, e a quase total ausência de sinalização, se tornava a cada dia mais complicado, com os novos automóveis, auto-caminhões e auto-ônibus.

A necessidade de comunicação visual entre motoristas, carroceiros, charreteiros, ciclistas e pedestres, nesse cenário cada dia mais adensado, confuso e perigoso, se tornava cada vez mais importante.

As intenções dos motoristas de parar, ou virar à esquerda, ou à direita, eram realizadas por gestos com os braços estendidos para fora do veículo.

A ausência da indicação de tais intenções por gestos era frequente, assim como a consequente criação de situações de alto risco, ou mesmo de acidentes graves.

Com vias cada dia mais repletas de veículos, além do perigo e da inconveniência de estender os braços para fora, como em dias chuvosos e/ou frios, surgiu a ideia dos dispositivos sinalizadores de direção.

A primeira patente de um mecanismo do gênero que se tem notícia é de 1909, garantida pelo inglês Percy Douglas-Hamilton.

Consistia em indicadores de direção e de frenagem, instalados nas colunas e composto por sinais em forma de mãos, com acionamento mecânico por cabos.

Sua ideia, embora não tenha tido sucesso comercial, serviu de semente para os indicadores tipo semáforo, ou setas, que surgiriam em anos seguintes.

Logo, uma variedade de dispositivos indicadores de direção de acionamento manual começou a se proliferar.

Na Alemanha, por exemplo, a legislação de trânsito tornou obrigatório o uso de indicadores de direção a partir de 1937.

Mas o desenvolvimento de versões iluminadas e de extensão por motor elétrico, ou por solenoide, havia começado pelo menos uma década antes.

Surgia assim o chamado “winker”, em alemão , ou “trafficators” em inglês, que acabaram ficando mais conhecidos por aqui como “bananinhas”.

A pioneira a alcançar amplo sucesso comercial nessa área foi a alemã Robert Bosch, que a partir de 1927 desenvolveu o seu Bosch-Winker.

De grande aceitação, a solução da Bosch se espalhou por todo tipo de veículo, incluindo automóveis, ônibus, caminhões e também foi muito imitado.

Seu declínio começou no final dos anos 1950, quando começaram a ser substiuídos por indicadores intermitentes, instalados nos quatro cantos dos veículos e, que mais tarde, ficariam conhecidos informalmente por "pisca-piscas".

Equipando os primeiros caminhões FNM, como o D-7300 e o D-9500, as "bananinhas" ficariam mais conhecidas mesmo no Brasil ao fazer parte do equipamento padrão dos automóveis e utilitários Volkswagen, que começaram a desembarcar no Brasil a partir de 1953.

Foram oferecidas como item de série das primeiras Kombi e Fusca, produzidos até 1960.

Na arena dos caminhões, todos os modelos pioneiros produzidos localmente a partir de 1956, dentro do Plano Nacional de Manufatura, já tinham aposentado as "bananinhas", em favor dos "pisca-piscas".

Conteúdo:
00:00 - Abertura
00:43 - Os primórdios
02:00 - Sinalização por gestos
02:16 - A ideia dos indicadores de direção
03:02 - Indicadores manuais
05:20 - Indicadores de acionamento elétrico
05:47 - O Bosch-Winker
06:39 - Enquanto isso nos EUA
06:55 - A ideia do "pisca-pisca"
07:25 - Os primeiros "piscas"
08:30 - O declínio das "bananinhas"
08:57 - As "bananinhas" no Brasil
10:51 - Os problemas das "bananinhas"
11:29 - O fim das "bananinhas" no Brasil
12:44 - Encerramento
13:01 - Agradecimentos

Espero que você goste do conteúdo de hoje!

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Evandro Fullin.

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