Starship SN15 Realiza Teste Perfeito e Faz História

Nas atualizações do Starship de hoje vamos comentar sobre a realização do teste de 10 km do Starship SN15 que fez história após conseguir um pouso perfeito. O que acontecerá com ele agora? Voará novamente ou virará panela?

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No último dia 5 de maio, após uma manhã e tarde cheias de incertezas devido aos ventos fortes, o Starship driblou todas as dificuldades e acionou seus motores para o sexto teste de voo com um protótipo de alta fidelidade.
Vale lembrar aqui que apesar do SN10 também ter pousado, não podemos considerar um teste 100% bem-sucedido por ter perdido o trem de pouso e assentado a estrutura na seção dos motores e dos flaps, o que foi um dos motivos para a sua explosão minutos depois.
Analisando o voo com cuidado não é possível notar nenhuma chama ou queima residual nos Raptors como vimos em outros testes do Starship. Isto provavelmente se deve as muitas melhorias nos motores que o Titio Elon citou que acompanhariam o pacote de atualizações do SN15.
A transmissão foi bastante prejudicada por quedas constantes assim como vimos no voo do SN11. Além disso, a neblina sempre muito presente na região, aliada às nuvens em baixa atmosfera, contribuíram para a diminuição da visibilidade.
Ainda assim, pudemos ouvir que o desligamento sequencial dos Raptors aconteceu dentro da normalidade, até o momento do corte do último motor, indicando que o SN15 havia chegado ao seu apogeu, ou seja, o ponto mais alto da missão, localizado a cerca de 10 quilômetros acima do nível do mar.
A reativação dos motores aconteceu conforme previsto, porém temos que aguardar o vídeo da SpaceX com todos os momentos onde houve corte da transmissão para identificarmos se o terceiro motor foi realmente ligado. Mesmo assim, vimos os gimbals direcionando os motores com extrema precisão e também não foi observada nenhuma queima de cor diferente, o que geralmente sinaliza perda anormal de empuxo nos motores.
Então com a leveza de uma pena, o SN15 reduziu sua potência de maneira controlada e tocou o nosso Batom de Prata no chão, levantando uma enorme cortina de poeira que encobriu todo o protótipo por alguns segundos... o silêncio e a calmaria no litoral do Texas indicavam aquilo que todos queríamos, um pouso perfeito.
O Starship SN15 estava em solo, inteiro, como se tivesse sido delicadamente posicionado para uma exposição. E nesta mostra estava ali o veículo que retornará o ser humano a Lua, aquele que nos levará talvez a outros lugares onde nunca colocamos nossos pés. Aquele que será o meio para reativar nosso DNA explorador que clama pelo planeta vermelho.
Com isto a SpaceX fecha um ciclo e inicia um ainda maior, agora é a hora de provar a confiabilidade dos Starships, e para isto pode ser que o SN15 seja reutilizado, algo totalmente inesperado.
O Elon se pronunciou no Twitter dizendo que devem tentar fazer com que este protótipo voe novamente em breve. Sendo este o primeiro Starship a verdadeiramente fazer um segundo voo. Mas será que o SN15 vai aguentar? E por mais que acreditemos que o pouso foi suave, o trem de pouso foi muito esforçado, a ponto de estar ligeiramente amassado.
Vale lembrar que estas pernas de pouso não são feitas para serem reutilizadas, pois este tipo de desenvolvimento deve ser realizado em outra fase do projeto do Starship, onde a SpaceX vai trabalhar especificamente nas melhorias destas partes assim como ocorreu no Falcon 9. Neste momento, o objetivo é provar a funcionalidade e viabilidade do design apresentado.
Apesar da relativa tranquilidade, uma chama apareceu dentro da seção dos motores após o toque do SN15 em solo. Trata-se de um isolamento que acabou pegando fogo depois do desligamento dos Raptors.
Com isto, o sistema de supressão de incêndio da Zona de Pouso entrou em ação e apagou as chamas, o que agradecemos muito depois do que tivemos no teste não intencional de reusabilidade seguido por uma desmontagem rápida não programada do SN11.

Também foi possível identificar que um dos hexágonos da borda da proteção térmica se soltou durante o voo. Não é nada preocupante, afinal o objetivo dos testes é encontrar erros. Outras peças já haviam se soltado durante o teste estático em outras partes do Starship, o que deve levar a melhorias na fixação em futuros protótipos, uma vez este tipo de falha pode levar a perda total durante a reentrada na atmosfera.

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