ROCKWELL: O TU-144LL - Um Laboratório Aéreo Supersónico

Aproximadamente aos 50 segundos, verifiquem quem era o parceiro de automação da NASA, BOEING, etc. neste projecto de investigação?

Durante 5 anos, a NASA e as indústrias aeroespaciais da Rússia e América, uniram-se num programa comum de investigação internacional, de modo a desenvolver tecnologias para a segunda geração do avião supersónico do século 21. A peça central deste projecto é o Tu-144LL, um avião comercial supersónico da primeira geração, que foi transformado num laboratório aéreo para investigação supersónica, pelo seu criador Tupolev ANTK.

O Tu-144 foi um dos dois aviões supersónicos da primeira geração (o outro é o anglo-francês Concorde) a ser produzido e a realizar voos comerciais. Este foi a criação do famoso designer russo Andrei N. Tupolev, que supervisionou o desenvolvimento do Tu-144 como sendo o designer principal. O protótipo teve a sua estreia a 31 de Dezembro de 1968, cerca de dois meses antes do protótipo do seu concorrente Concorde.

O Tu-144LL era um modelo "D" utilizado no programa de investigação da NASA, e foi o último a ser construído. Com o número 77114, foi construído em 1981 e realizou um total de 82 horas e 40 minutos de voo, a maior parte para investigação e testes, antes de ser escolhido pela NASA para participar no programa de investigação. Este avião nunca esteve em serviço comercial.

O Laboratório Aéreo Tu-144LL usado pelo programa de investigação da NASA tem as mesmas dimensões do modelo Tu-144D, embora os novos motores instalados para o programa lhe confiram um melhor desempenho. O aparelho tem uma envergadura de asa de cerca de 29 metros, um comprimento total de cerca de 66 metros e uma altura de aproximadamente 13 metros. O nariz inclina-se cerca de 12º, permitindo ao piloto uma maior visibilidade na aterragem e ao levantar voo. Os canards retrácteis (N. do T. as "asas" mais pequenas perto do cockpit) são alargados para controlar melhor a inclinação a baixa velocidade. O peso máximo do Tu-144LL ao levantar é de cerca de 186 toneladas, incluindo um total de aproximadamente 102 toneladas de combustível.

Antes de ser denominado LL, o Tu-144D foi equipado com quatro turbo-reactores Koliesov RD-36-51, atingindo uma velocidade cruzeiro máxima de Mach 2.15 (2,15 vezes a velocidade do som ou aproximadamente 2350 km/hora) a 17 km de altitude. Tinha um alcance máximo de menos de 4000 km/h e um tecto de serviço máximo de aproximadamente 19 km. O Tu-114D foi concebido para transportar até 140 passageiros, embora modelos anteriores tivessem sido projectados para apenas 100 lugares.

O Tu-144LL é feito sobretudo em liga leve de alumínio. Para as arestas principais, leme, elevons e camada inferior da fuselagem traseira foi usado titânio e aço inox.

Os dados recolhidos durante as experiências, de voo e no solo, realizadas com o Tu-144LL estão a ser usados no desenvolvimento da tecnologia base para uma futura segunda geração da frota comercial Americana. Apesar do desenvolvimento de um SST [N. do T. super sonic transport (no original) ou transporte super sónico] avançado esteja em stand-by, os especialistas da aviação comercial estimam um mercado para até 500 aparelhos destes na terceira década do século XXI.

O programa de investigação do supersónico Tu-144LL foi conduzido pelo HSR (High Speed Research) e gerido pelo Langley Research Center da NASA. O projecto do Tu-144LL estabeleceu relações de trabalho directas entre fabricantes americanos e russos, e reforçou a relação entre as agências aeronáuticas da América e da Rússia.

O projecto foi possível através de um acordo assinado em Junho de 1994 pelo Vice-Presidente dos Estados Unidos Al Gore Jr. e pelo Primeiro-Ministro russo Viktor Chernomyrdin. Posteriormente, o Langley Research Center assinou um contrato com o Boeing Commercial Airplane Group, que por sua vez, também o fez com a empresa aeroespacial russa, com o intuito de usar o Tu-144D modificado na realização de experiências de voo. Além da Boeing, a equipa Americana a trabalhar no projecto fez parceria com os fabricantes de motores Pratt and Whitney e General Electric. O Dryden Flight Research Center, da NASA, forneceu instrumentos e deu apoio no processamento de dados, assim como na gestão do projecto. A IBP, Lda em Londres, Inglaterra, deu assistência à gestão do contrato.

Texto original em inglês (Original text in english): http://www.nasa.gov/centers/dryden/ne...