OS GAUCHILLOS DA PAMPA - Charles Arce & João Sampaio
Автор: Charles Arce OFICIAL
Загружено: 2020-12-03
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"OS GAUCHILLOS DA PAMPA "
( Esquecidos Martin Fierro da epopéia do gaúcho...)
( João Sampaio & Charles Arce
Guitarras Crioulas, Guitarron baixo acústico e arranjos: Osvaldo Waldemar Lagos ( Argentina )
Recitado de Início: João Sampaio
Voz, Recitado, Violão Base e arranjos: Charles Arce
Bombacha larga paisana
Um jaleco gris campero
Faixa e tirador sem fleco
Rastra prateada e "sombrero"
Sempre num flete crioulo
Andava o velho matrero
De vincha atada na crina
E um trabuco "naranjero".
Boleadeira na cintura
Poncho...Laço "y lindo apero"
Lenção velho à meia espalda
Com a cor dos entreveros
O mundão de Deus por diante
Um facão grande caronero
Bota de garrão-de-potro
Echa de "pelo com cuero"!
Muitos eram corrientinos
Hombres que usavam payé
Que trocavam a própria vida
Por un beso ou un chamamé
Iguais ao Sargento Cabral
Raza de yaguaretê!
Se chamavam Lanza Vieja
Gato Moro...Arthur Arão
Silvino Jacques...Nazário
Juan Moreyra e Alziro Fão
Pássaros que nunca caíram
Na aripuca da prisão!
Muito antes de Martín Fierro
Eternizar-se com sua estampa
Já andava em cada comarca
Um gauchillo da Pampa!
Seu flete pulava cercas
Até de morto se fazia
Quando avistava de lejos
A escolta da “ policía!”
Bastava um simples assobio
E o seu pingo aparecia
Enquanto ele tomava uma canha
Na porta da pulperia!..
Perseguidos pelas leis
E por falsos justiceiros
Estão nos rodapés da História
Com o nome de bandoleiros.
Viraram "maulas cuatreros"
Sem a luz dos gestos nobres
Carneavam vacas dos ricos
Para repartir com os pobres!
Vítimas de um novo tempo
Que matou o sonho de tantos
Uns com Gauchito Gil
Morreram e viraram santos!..
Além do apoio dos paisanos
Dos humildes e caudilhos
Eram romances falados
A vida desses gauchillos!
Tinham a astúcia dos pumas
Dos índios e cimarrones
E quando tocavam, cantavam
Milongas y pericones!
Briqueavam couros de zorro
De nútria e de mão-pelada
Dormiam com um olho aberto
E de garrucha engatilhada!..
Cada gauchillo da pampa
Mártir dos crimes sociais
Trazia em si os pecados
Dos bandoleiros rurais!
Vivia em furnas e cerros
Junto com bichos e feras
Só Deus lhe mandava flores
Em todas as primaveras!
Aonde tombava um gauchillo
Por obra do Eterno Pai
O lugar virava santuário
Com uma cruz de ñandubay!..
Desertores e rebeldes
Mesclas de magos e bruxos
Esquecidos Martín Fierros
Da odisséia do Gaúcho!
Às vezes, dois se encontravam
E unidos pelo desterro
Se apampavam com os índios
Lo mismo que Cruz y Fierro!
A vida calunia os homens
Disse Borges num refrão
Sentencia gaucha criolla
Que tem cheiro de galpão
Os Robin Hoods rurais
Vão de rincão em rincão
Matando sem ser bandido
E roubando sem ser ladrão!!
GAUCHILLOS: Assim se denominava os gaúchos rebeldes e alçados que foram acossados e por fim exterminado pela nova realidade sócio-econômica de então. Eram homens mestiços ( fruto da relação do colonizador português e espanhol com as índias ) que com o advento do aramado e das novas leis perderam muito da sua autonomia.
GAUCHITO GIL: Este correntino, natural de Mercedes onde nasceu em 1840 e morreu em 1890, talvez seja o mais célebre de todos os gauchillos da Pampa. Virou mito e é hoje o santo popular mais venerado e reverenciado da América do Sul. Seu santuário criollo em Mercedes (perto de Paso de Los Libres) atrai centenas de milhares de devotos de todas as partes da América, especialmente no dia 8 de janeiro, data de sua morte.
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