Dilgo Khyentse Rinpoche - A Natureza Vazia da Mente

Citações e trechos dos livros “Enlightened Courage” e “The Heart of Compassion”, de Dilgo Khyentse Rinpoche.

Dilgo Khyentse Rinpoche (1910 - 1991) foi um mestre budista tibetano da tradição Nyingma do Vajrayana, reconhecido como um dos maiores lamas do séc. XX.

Aos 11 anos Dilgo Khyentse entrou para o mosteiro e recebeu ensinamentos de mais de 50 professores de todas as quatro tradições de linhagem. Dos 15 aos 28 anos, viveu em retiro silencioso, em eremitérios e cavernas remotas, atualizando todos os ensinamentos que havia recebido anteriormente. Quando deixou o Tibete e foi para o exílio, viajou por todo o Himalaia, Índia, sudeste da Ásia, Europa e América do Norte, transmitindo e explicando os ensinamentos aos seus muitos discípulos. Aqueles que assistiram aos ensinamentos de Rinpoche relatavam que ele poderia ensinar sem esforço, sem pausa e por longos períodos.

Dilgo Khyentse Rinpoche desempenhou um papel vital na preservação do budismo tibetano, especialmente durante o exílio. Seus ensinamentos influenciaram discípulos no mundo todo, incluindo líderes espirituais como o Dalai Lama.

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“Deixar a mente ficar em paz e permanecer em estado de meditação e quietude, livre de muitos pensamentos, é chamado de shamata ou calma sustentada. Reconhecer a natureza vazia da mente nesse estado de calma é chamado de vipashyana ou insight profundo. Unir shamata e vipashyana é a essência da prática da meditação.”
Dilgo Khyentse Rinpoche.


“Tanto o samsara quanto o nirvana são, portanto, vazio. Segue-se que nenhum deles pode ser considerado mau ou bom. Quando você compreende a natureza da mente, você se liberta da necessidade de rejeitar o samsara e buscar o nirvana. Por que se preocupar com todos os altos e baixos da vida diária, como uma criança que se deleita em construir um castelo de areia, mas que chora quando ele desaba?”
Dilgo Khyentse Rinpoche.


“Seres sencientes, eu e outros, inimigos e entes queridos – todos são feitos por pensamentos. É como ver uma corda e confundi-la com uma cobra. Quando pensamos que a corda é uma cobra, ficamos com medo, mas quando vemos que estamos olhando para uma corda, nosso medo se dissipa. Fomos iludidos pelos nossos pensamentos. Da mesma forma, fabricando mentalmente a nós mesmos e aos outros, geramos apego e aversão. Através da compreensão da vacuidade, você não perceberá nenhuma diferença entre você e os outros. Você estará livre do autoapreço, a compaixão surgirá espontaneamente e você beneficiará os seres sem nenhum esforço. Mesmo os grandes atos de bodhisattva, como dar sua vida pelo benefício de outra pessoa, não serão difíceis para você, e você será capaz de realizar atos altruístas sem esforço durante muitos Kalpas.”
Dilgo Khyentse Rinpoche.


Música: Kevin MacLeod - That Zen Moment!
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