Memórias na Resistência - José Augusto Martins - teaser
Автор: Museu do Aljube Resistência e Liberdade
Загружено: 2024-03-14
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José Augusto da Silva Martins nasceu a 18 de agosto de 1949 na Maternidade Alfredo da Costa durante o período de prisão do pai e da mãe, responsáveis por uma tipografia clandestina do PCP, e passou os dois primeiros anos de vida na Prisão de Caxias.
O pai, José Augusto da Silva Martins, fora preso em 1949, libertado em 1955 e morreria em 1958. A mãe, Casimira da Conceição Silva, fora presa, grávida de José Augusto, em 1949, libertada em 1951 e novamente detida em 1956. Teve ainda um tio, Júlio Martins, e uma tia, Armanda Forjaz de Lacerda, presos, bem como a irmã, Ivone Dias Lourenço.
Politicamente ativo na luta anticolonial e antifascista desde os treze anos, adere ao Partido Comunista Português, integrando a célula do Partido no Liceu Pedro Nunes, e a Comissão Pró-Associação dos Liceus, participou em atividades culturais, em distribuição de propaganda, em pichagens e no apoio a manifestações.
Deste período destaca-se a noite em que entrou com colegas no Liceu Pedro Nunes para encher as paredes com inscrições contra o governo e a guerra colonial ou o lançamento de panfletos do alto do elevador de Santa Justa em Lisboa.
Foi preso, com apenas 15 anos, na madrugada de 21 de janeiro de 1965 por uma brigada da PIDE, chefiada pelo inspetor Gouveia, no âmbito de uma grande operação da polícia política que levaria à prisão dezenas de estudantes universitários e liceais no início daquele ano, após a traição e denúncia de um dirigente estudantil que passara a colaborar com a PIDE.
Depois de ser levado à presença do juiz do Tribunal de Menores é colocado durante três meses no Centro de Observação do Tribunal de Menores de Lisboa, antiga Tutoria de Infância, situação que suscitou uma campanha da Amnistia Internacional pela sua libertação.
Findo este período continuou os estudos no Colégio Moderno, abandona o PCP e adere à Frente de Acção Popular (FAP), participando sobretudo em ações de organização e propaganda. No verão de 1966 abandona clandestinamente o país rumo a França.
Permanecerá em Paris até 1974, conclui os estudos secundários e universitários com a licenciatura e pós-graduação em Ciências Económicas na Faculdade de Direito e Ciências Económicas de Paris I (Panthéon-Assas). Abandonará a FAP e adere à sua fação dissidente, "O Comunista", de que se desligará pouco antes do 25 de Abril 1974, tendo também colaborado com a organização francesa Gauche Prolétarienne.
Viveu de perto os acontecimentos de Maio 1968 que muito o marcaram, colaborou com a Associação Portuguesa de Gentilly, ponto de encontro de muitos emigrantes portugueses, e contou com apoio do Comité Inter-Mouvements Auprès Des Évacués (CIMADE), na obtenção de uma bolsa, que lhe permitiu continuar a estudar, e do Estatuto de Refugiado Político em França.
Regressaria a Portugal com o 25 de Abril de 1974.
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