TUDO SOBRE NÓDULO DE TIREOIDE

TUDO SOBRE NÓDULO DE TIREOIDE
NÓDULO DE TIREOIDE - QUAL A FREQUÊNCIA E COMO ELE SE DESENVOLVE E QUAL RISCO DE CÂNCER
NÓDULO DE TIREÓIDE - O QUE VOCÊ PRECISA SABER
Os nódulos de tireoide são formações que surgem no interior da glândula tireoide, localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do “pomo de Adão”. Essa glândula é responsável pela produção de hormônios essenciais que regulam o metabolismo, o crescimento e o funcionamento de diversos órgãos do corpo. O surgimento de nódulos é algo muito comum e, na maioria das vezes, não está relacionado ao câncer.

Estudos mostram que a frequência de nódulos de tireoide aumenta com a idade e é mais comum em mulheres. A detecção pode ser feita tanto por palpação durante o exame físico quanto, com muito mais sensibilidade, por meio de ultrassonografia da tireoide. Estima-se que cerca de 30% a 50% da população adulta possa apresentar algum tipo de nódulo, e muitos desses casos são descobertos de forma incidental, durante exames de imagem realizados por outros motivos.

A grande maioria dos nódulos é benigna, ou seja, não representa risco de câncer. No entanto, uma pequena parcela — em torno de 5% a 10% — pode estar associada a neoplasias malignas, o que torna essencial uma avaliação médica cuidadosa. Essa investigação começa com a ultrassonografia, que fornece informações sobre o tamanho, a composição (sólida, cística ou mista) e as características de cada nódulo.

Para padronizar e facilitar a interpretação do risco, foi criada a classificação TIRADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System), que organiza os achados ultrassonográficos em diferentes categorias de risco. A escala é baseada em características como ecogenicidade, forma, margens, presença de microcalcificações e vascularização interna.

As categorias do TIRADS são as seguintes:

TIRADS 1: Tireóide normal, sem nódulos visíveis.

TIRADS 2: Nódulos benignos, geralmente císticos, com risco de malignidade praticamente nulo.

TIRADS 3: Nódulos com baixo risco, apresentando características predominantemente benignas. A chance de câncer é inferior a 5%.

TIRADS 4: Nódulos com risco intermediário, podendo ter entre 10% e 50% de chance de malignidade, dependendo das características observadas.

TIRADS 5: Nódulos de alto risco, com achados ultrassonográficos típicos de malignidade, como margens irregulares, formato mais alto que largo e presença de microcalcificações. O risco de câncer pode ultrapassar 70%.

Quando um nódulo apresenta características suspeitas, o médico pode solicitar a punção aspirativa por agulha fina (PAAF), um procedimento simples e seguro que coleta células do nódulo para análise laboratorial. Esse exame é essencial para confirmar o diagnóstico e definir se o nódulo é benigno ou maligno.

Os principais tipos de câncer de tireoide incluem o carcinoma papilífero (o mais comum e de melhor prognóstico), o carcinoma folicular, o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico, que é mais raro e agressivo. Apesar de o diagnóstico de câncer assustar, o prognóstico do câncer de tireoide é excelente na maioria dos casos, especialmente quando o tratamento é iniciado precocemente.

O tratamento pode variar conforme o tipo e o tamanho do nódulo, podendo incluir acompanhamento clínico, uso de medicamentos hormonais para controle do crescimento ou até cirurgia de tireoidectomia (retirada parcial ou total da glândula). Em alguns casos, utiliza-se iodo radioativo para eliminar possíveis células residuais após a cirurgia.

Mesmo os nódulos benignos devem ser acompanhados periodicamente, pois podem crescer, mudar de forma ou apresentar novas características suspeitas. O acompanhamento médico regular com endocrinologista ou cirurgião de cabeça e pescoço é essencial para garantir a segurança do paciente e prevenir complicações futuras.

Em resumo, o nódulo de tireoide é um achado frequente e, na maioria das vezes, benigno. Porém, a correta avaliação com ultrassonografia e classificação TIRADS é fundamental para identificar os casos que necessitam de investigação mais aprofundada e tratamento. O diagnóstico precoce do câncer de tireoide aumenta significativamente as chances de cura e reduz os riscos de complicações.

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É importante salientar que as informações vinculadas nos vídeos tem carater educacional e em hipótese alguma não pretendem substituir a consulta médica ou servir como recomendação para qualquer plano de tratamento. Para avaliações, sempre procure um profissional habilitado.