Fomos em busca de uma caravana de camelos no Chade!
Автор: VIAJAR ENTRE VIAGENS - Carla Mota & Rui Pinto
Загружено: 2025-01-15
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Fomos em busca de uma caravana de camelos no Chade!
O Chade é um daqueles países sobre os quais a maioria de nós não sabe praticamente nada, com excepção de que se localiza em pleno deserto do Sahara e que é um dos países menos desenvolvidos do mundo. Para além disso, sabemos todos muito pouco. Isto aplica-se ao Chade mas também a muitos outros países do mundo, especialmente africanos.
Visitar o Chade nunca foi uma prioridade para nós, até porque não sabíamos assim tanto sobre o país, contudo, sabíamos que é um dos últimos lugares do mundo onde ainda se fazem caravanas de sal em camelo, onde as tribos percorrem durante semanas o deserto em busca deste precioso (mas quase sem valor económico) mineral.
Chegar ao Chade foi difícil e muito caro. Os vistos são difíceis de obter, os voos caríssimos e as deslocações no país um desafio. Nesta nossa aventura não queríamos visitar o Chade como se estivéssemos a tirar uma radiografia. Queríamos ter a oportunidade de fazer algo único neste país.
Abdicamos de conhecer o país em detrimento de apenas poder ter uma única experiência. Uma experiência que sabemos ser única, que nunca poderemos repetir, pois está a desaparecer.
Viemos ao Chade para nos juntarmos a um grupo de homens que vão, durante duas semanas, fazer uma caravana de camelos em busca do sal. Estes homens são tubos goran, uma das etnias do norte do Chade e cuja sociedade é muito fechada.
Pelo caminho atravessamos um país sem electricidade, sem estradas asfaltadas, sem cobertura de telefone ou internet. Um país com milhares de habitantes desconectados do mundo, mas conectados com a vida, uma vida seguramente diferente daquela que nos habituamos a ver até em África.
Paramos para comprar turbantes e cobertores, assim como comida, em duas das maiores cidades do Chade. As cidades parecem um acumular de areia e pó, com estradas onde burros, camelos e cavalos, competem por um estacionamento com riquexos e pick ups de partidos políticos. As cidades são lugares de desolação.
Nesta zona muçulmana do país, é mais fácil encontrar cerveja do que coca cola, embora os locais não consumam quase nenhuma delas. Vêm da Líbia e atravessar centenas de quilómetros no deserto. Vão a caminho de Djamena, a capital do Chade.
Demoramos quase três dias de jipe, a atravessar o país até perto da fronteira com o Sudão, em busca da aldeia onde encontraríamos os homens. Foram quatro dias a conduzir, desde o nascer do sol até ao sol se pôr. Mas alcançamos uma aldeia, completamente invisível aos olhos do mundo, mas que seria o nosso último contacto com aquilo que mais parecido teríamos de uma aglomeração.
Não há lojas, cafés ou sequer nada para comprar ou vender. Não há nada para além de habitações precárias e gente coberta de pó. Nem sequer se vendem cabras, para podermos cozinhar e comer nos próximos dias. Eram, definitivamente sinais de que os próximos dias seriam muito mais difíceis do que tínhamos imaginado.
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