A torneira secou!
Автор: Júnior Recalcati
Загружено: 2023-04-13
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Neste vídeo quero falar do decreto municipal que suspende provisoriamente as despesas com viagens, diárias e cursos, assinado pelo pajé no início desta semana.
No decreto 10.036/2023, a administração descreve uma situação aflitiva no que se refere as finanças. Diante de um relato tão comovente revisitei os números do município para trazer a público as quantas andam as contas da Prefeitura.
Nas alegações constantes do decreto temos o seguinte: “CONSIDERANDO que os percentuais de receitas percebidos no 1º Trimestre não acompanharam as despesas, sendo necessário a adoção de medidas administrativas imediatas para a redução das mesmas.”
Antes de mais nada é preciso dizer que ninguém haverá de ser contra a redução de despesas. Inicialmente quando se analisa os números tem-se a impressão que a administração do pajé lida mal com os números. Mas olhando mais de perto constatamos que ela lida mal é com a verdade.
A afirmação de que as receitas não acompanharam as despesas é tão verdadeira quanto uma nota de R$ 3. De janeiro a março deste ano o município recebeu R$ 48.894.866,35, para uma despesa de R$ 32.000.395,23, logo temos aí uma sobra aproximada de R$ 17 milhões. Somando com as sobras de anos anteriores é possível estimar que a Prefeitura tenha em torno de R$ 37 milhões em caixa. Estes dados estão no Portal da Transparência na data de hoje.
Apenas para lembrar, o município recebeu mais de R$ 850 milhões desde que o pajé sentou na cadeira de prefeito. Hoje tem R$ 37 milhões disponíveis, mas se tirarmos o que tinha em caixa quando assumiu (em torno de R$ 7 milhões), os R$ 19 milhões de empréstimos e os R$ 12,4 milhões de receita extra da Covid, na prática o pajé não está deixando R$ 1,00 em caixa em relação ao que recebeu. Gastou tudo!
Mal ou bem restam R$ 37 milhões que bem administrados viabilizam o bom funcionamento da máquina pública. Porém, ao suspender as despesas constantes no decreto 10.036 o pajé revela uma capacidade espantosa de enxergar a pulga e não enxergar o cachorro.
Digo isso porque há outras despesas fora da realidade que podem e devem ser revistas. O maior exemplo está nos valores pagos à empresa Aman, que somente ano passado recebeu mais de R$ 2,3 milhões do município. Já tratei deste tema, mas nunca é demais lembrar que essa empresa cobra R$ 4,60 o quilômetro rodado para levar pacientes a Florianópolis. Se usássemos a estrutura do município o custo sairia pela metade.
Duvido que as despesas com diárias, viagens e cursos cheguem a metade do que a Aman recebe do município. Que tal revisitar os contratos de obras, coleta de lixo, publicidade e tudo mais?
Então, esse decreto parece mais um jogo de cena e funciona como cortina de fumaça para encobrir outros gastos, estes sim absurdos e injustificáveis. Podemos citar os pesados juros do empréstimo feito às vésperas da eleição de 2020. São mais de R$ 2 milhões por ano só de juros.
Quero relembrar que a receita do município subiu quase o triplo da inflação de 2017 até hoje. Portanto, é fato que o pajé e seu vice Vardelídio não souberam lidar com um período de bonança que talvez nunca mais se repita. Gastaram muito e gastaram mal.
A conjuntura geral sugere cuidado com as finanças, mas estamos mais uma vez diante daquela situação clássica de que para cada problema complexo existe sempre uma solução simples e errada.
Está complicado porque até onde se sabe os pajés sabem fazer a dança da chuva. Nunca vi pajé que saiba fazer a dança do dinheiro.
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