Sophia Chablau: 'A gente consome arte porque quer ser tocado por algo' | Entrevista

Sophia Chablau, 25 anos, tem se firmado na cena independente com composições provocativas e reflexivas, reunindo o rock pop com uma sonoridade psicodélica e vanguardista — um trabalho tão original quanto potente e criativo. "Conheci pessoas que gostam de fazer música com mais liberdade do que uma finalização mercadológica específica, uma embalagem", diz ela em entrevista a CartaCapital.

Envolvida na adolescência com os movimentos estudantis, ela lembra que, no passado, "o rock tinha uma preocupação tanto com o comportamento das pessoas, de lutar contra a caretice, quanto a um ar contestador". "Não acredito em cultura sem isso", afirma. "Não consigo pensar em não falar certos assuntos no palco". Nesse item ela já ganhou uma experiência notória.

Em julho deste ano, ela e sua banda tiveram um show interrompido em São Paulo por exibirem uma bandeira da Palestina com os dizeres "Palestina Livre" no telão. A apresentação era organizada pela prefeitura. "A gente consome arte porque quer ser tocado por algo. A realidade se impõe e a gente precisa falar dela. Não é todo mundo que tem a chance de estar com o microfone, com uma caixa de som. A gente tem que fazer alguma coisa", diz.

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