Hoje é assim que vive RUY CABEÇÃO. Ele fez declaração surpreendente sobre o tamanho da sua Cabeça

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Ruy Bueno Neto, mais conhecido como Ruy Cabeção, foi um daqueles jogadores que marcaram época com sua entrega, garra e carisma dentro de campo. Revelado pelo América de Minas Gerais, ele começou sua trajetória como meio-campista, mas logo se destacou com a camisa do Coelho, conquistando títulos importantes como a Copa Sul-Minas de 2000 e o Campeonato Mineiro de 2001.

O talento chamou atenção de grandes clubes e, com o tempo, Ruy vestiu as cores de Cruzeiro, Guarani e, principalmente, Botafogo, onde viveu alguns dos momentos mais marcantes da carreira. Em 2004, ele foi peça fundamental na campanha que livrou o Glorioso do rebaixamento, mostrando raça até o último minuto.

Mas um dos episódios mais emocionantes aconteceu em 2006, na final da Taça Guanabara. Mesmo lesionado no tornozelo, Ruy permaneceu em campo até o fim, chorando, determinado a ajudar o time. Naquele mesmo ano, o Botafogo encerrou um jejum de nove anos sem títulos estaduais, e a torcida gritava em coro o nome de “Ruy Cabeção” das arquibancadas — um símbolo de entrega e identificação.

Em 2007, ele tentou uma transferência para o futebol dos Estados Unidos, pelo DC United, mas o negócio não se concretizou. De volta ao Brasil, acertou com o Figueirense, onde foi titular absoluto e vice-campeão da Copa do Brasil.

No ano seguinte, seguiu para o Náutico, onde também manteve regularidade e boas atuações. E em 2009, Ruy viveu outro momento marcante ao ser anunciado pelo Grêmio. Logo na estreia, marcou gol de cabeça contra o Inter de Santa Maria, e no segundo jogo, voltou a balançar as redes no Estádio Olímpico. Com boas atuações e muita personalidade, conquistou a torcida e foi eleito um dos melhores jogadores do Campeonato Gaúcho daquele ano.

Ruy se tornou sinônimo de raça e coração em campo — um jogador que, onde passava, deixava sua marca de dedicação e respeito à camisa.

Após boas passagens por grandes clubes, a carreira de Ruy Cabeção teve novos capítulos marcados por intensidade e decisões firmes.
Em junho de 2009, um desentendimento com o técnico Paulo Autuori marcou o fim de sua passagem pelo Grêmio. Mesmo desejando permanecer em Porto Alegre, a direção e o treinador não chegaram a um consenso, e o lateral rescindiu o contrato após seis jogos no Brasileirão.

Pouco tempo depois, o Fluminense entrou em cena. Ruy foi apresentado em 7 de julho de 2009 como novo reforço tricolor. Com a camisa do Flu, viveu momentos de altos e baixos. Era titular em diversas partidas e chegou a marcar gols importantes, mas o time vivia uma fase complicada.
Ainda assim, o lateral fez parte do grupo que escapou do rebaixamento e foi vice-campeão da Copa Sul-Americana de 2009, o famoso “Time de Guerreiros”. Apesar da entrega, o alto salário e a baixa utilização fizeram com que o clube rescindisse seu contrato ao fim da temporada.

Em 2010, Ruy foi emprestado ao Boavista, onde atuou por quatro meses, até seguir para o Brasiliense, com quem conquistou o Campeonato Candango de 2011. Mas, pouco tempo depois, rescindiu novamente o contrato e ficou sem clube.

Três anos mais tarde, em 2013, o nome de Ruy voltou a aparecer de forma inusitada. O ex-lateral, sem clube, usou o Twitter para divulgar que estava à procura de um novo time. A iniciativa chamou atenção do Alecrim, de Natal, que o contratou. Depois, ele ainda passou pelo América, antes de retornar ao Alecrim para a Copa Ecohouse.

Em 2014, seguiu para o Operário, mas a sequência de atrasos salariais e decepções com o futebol pesou. Cansado da rotina e das promessas não cumpridas, Ruy decidiu colocar um ponto final na carreira. Aos 37 anos, e após defender 14 clubes, anunciou sua aposentadoria com uma mensagem sincera nas redes sociais, dizendo que o futebol já não lhe fazia bem e que era hora de dedicar-se à família.

Mesmo aposentado, ainda participou de uma partida comemorativa pelo Olympique de Lynsblon, a convite de antigos companheiros. E, como se o destino quisesse um último momento de glória, Ruy marcou o gol da vitória, mostrando que o talento — e o amor pelo futebol — jamais se aposentam por completo.

Em janeiro de 2025, Ruy foi anunciado como o novo treinador das categorias de base do Inter de Minas para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior.