No velho colégio, duas presenças imutáveis; o carro marcado por um coração.
Автор: JΛCҜSØN🚗💨
Загружено: 2025-11-23
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No corredor antigo, onde a madeira guarda memórias,
dois personagens permanecem imóveis,
como pensamentos que escolheram existir fora do tempo.
A luz filtrada pelos vitrais não os toca por acaso —
ela revela o que o silêncio insiste em segurar.
Entre eles, não há passos, não há voz, não há gesto,
apenas a presença.
A presença que pesa como verdade
e repousa como destino entendido,
mesmo quando nenhum dos dois ousa chamá-lo pelo nome.
No outro canto do mundo dividido,
o carro repousa com um coração desenhado no capô —
não como símbolo de paixão urgente,
mas como lembrança de que até o aço mais frio
carrega dentro de si a possibilidade de afeto.
Tudo está parado, mas nada está vazio.
O instante imobilizado diz mais do que o movimento permitiria:
que o encontro, mesmo silencioso,
é uma filosofia própria —
uma afirmação de que o sentido não precisa agir,
basta existir.
E assim, no cenário colegial de alma antiga,
o tempo respira devagar,
esperando que cada olhar quieto,
cada sombra projetada,
seja compreendida como parte de um mesmo poema:
o poema daquilo que permanece mesmo quando tudo está imóvel.
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