PRÓLOGO: SUSPENDER A PALAVRA CASA - Julia Sá Earp - PLANETA CASA

Este vídeo conta com legendas em português, que podem ser ativadas pelo menu de configurações.

"Erguer paredes em torno de um fogo, ou criar um buraco onde este fogo possa estar abrigado, é o gesto construtivo Mebêngôkre, que percorre técnicas de amarrações em um processo possibilitador de um lugar enquanto um meio protetor que abriga corpos consanguíneos, um espaço de troca e resguardo, de uma comunhão de pessoas e objetos."

Neste prólogo, Julia Sá Earp faz um convite a suspender a palavra "casa", abrindo espaço para novos vocabulários, territórios, raízes e sentidos da experiência de habitar. Assim, ela percorre elementos que estarão presentes em todo o ciclo, como o fogo, a cozinha, as relações entre pessoas e as filosofias para além da Grécia.

Julia também compartilha sua experiência como antropóloga e designer junto ao povo Mebêngôkre, contando do trabalho físico junto às mulheres, dos modos de construção das casas e do papel central do fogo nessa arquitetura e no cotidiano das moradias Mebêngôkre.

JULIA SÁ EARP é designer, doutora em Antropologia no Programa de Pós-Graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestra em Arquitetura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, ceramista e pesquisadora associada do Laboratório de Design e Antropologia (LaDA) da Escola de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Seus interesses de pesquisa incluem cultura material, acervos etnográficos, mulheres no movimento indígena e a produção de conhecimento entre arquitetura, design e antropologia. Desde 2015 atua como designer em colaboração com associações indígenas do povo Mëbêngôkre. Atualmente é sócia do Estúdio Afluente, se envolvendo em projetos de design, pesquisa e arte contribuindo para publicações, exposições e outras plataformas.

__________

PLANETA CASA é um ciclo de estudos online em que adentramos os sentidos de casa sob diversas perspectivas, refletindo sobre a pluralidade de formas de habitar o nosso planeta.

Abrigos, casulos, caixas, corpos, signos, transformações: o que são as casas? Como são as diversas experiências de viver no mundo?

É sobre isso que refletem, ao longo de um prólogo de 4 episódios, Emanuele Coccia, Ailton Krenak, Luiz Zerbini, Muniz Sodré, Julia Sá Earp, Cristine Takuá, Rita Carelli e Julia de Carvalho Hansen.

O ciclo nasce a partir das rodas de conversa realizadas nos lançamentos do livro Filosofia da casa, de Emanuele Coccia (Dantes Editora), em outubro de 2024 no Tropigalpão, Rio de Janeiro, e na Casa do Povo, São Paulo.

Saiba mais sobre o ciclo no site Selvagem: www.selvagemciclo.org.br/planeta-casa

__________

Lançado às quartas-feiras às 18h, a partir de 11 de junho, o ciclo, composto de um prólogo e 4 episódios, estará disponível em nosso canal. Acompanhe os lançamentos:

09/06: Prólogo: suspender a palavra casa – Julia Sá Earp

11/06: Filosofia da Casa e outros parangolés – Emanuele Coccia, Ailton Krenak, Muniz Sodré e Luiz Zerbini

18/06: Casa fogo corpo – Rita Carelli e Cristine Takuá

25/06: Casa cosmo cozinha – Júlia de Carvalho Hansen e Emanuele Coccia

02/06: Transformação, família e comunidades – Emanuele Coccia e Rita Carelli

__________

Além dos vídeos, 6 cadernos Selvagem também integram o ciclo:

“Vocês devem estar surpresos ao me ouvir falar”, de Emanuele Coccia;
“Suspender a palavra casa”, de Julia Sá Earp;
“Arrume a casa que eu estou chegando”, de Glicéria Tupinambá;
“Fazeres da Casa do Povo”, de Benjamin Seroussi;
“Antiguidade do traçado”, de Berta Ribeiro;
“Yvy casa cidade”, que foi fruto da residência PLANETA CASA, realizada na Casa do Povo, em São Paulo.

__________

Todas as atividades e materiais do Selvagem são compartilhados gratuitamente. Para quem deseja retribuir, convidamos a apoiar financeiramente as Escolas Vivas através de selvagemciclo.com.br/apoie

__________

CRÉDITOS

Direção:
Anna Dantes

Produção:
Madeleine Deschamps

Assistente de Produção:
Daniel Grimoni

FILMAGEM - ROCCA FILMES
Direção de fotografia: Rafael Rolim
Câmeras: Rafael Rolim, Lucca Pougy, Clara Monteiro e Amanda Carpá
Som direto: Toninho Muricy
Assistente de produção: Leticia Schimmelpfeng
Foto still: Mauricio Machado

Edição e finalização: Gabriel Ingber

Som:
LF SOUND SONORIZAÇÃO

Técnico de montagem:
ANDREW DE FREITAS

Bandeira:
UR CENOGRAFIA – BIRA

Apoios e parcerias:
Tropigalpão
Dantes Editora
Embaixada da França no Brasil
Istituto Italiano di Cultura Rio de Janeiro
Navezona
Café Heimen
Garagem Bar

Agradecimentos: Ana Luiza Fonseca, Anísio O. Couto, Denise Milfont, Digo Fiães, Fabiano Mielke, Ingrid Kraus, Kelly Santos, Marion Loire, Olav Lorentzen, Pedro Lago, Raquel Paiva e Rodrigo Quintela

Agradecemos também aos voluntários do grupo Produção Selvagem: Angela Soares, Jorge Milek e Letícia Viana

Música: “Mira que belo dia”
Composição: Guilherme Lirio, Gus Levy, Raquel Dimantas
Interpretação: Raquel Dimantas

Realização:
Selvagem