ALASCA: a última fronteira T3 E14

Estamos nos aproximando do final “geográfico” da jornada que a gente se propôs, atravessar as Américas morando em nosso motorhome. Já comentei algumas vezes aqui que a viagem nunca foi o fim e sim o meio. O meio de encontrarmos uma vida com mais propósito, de nos conectarmos com nossa essência, de desacelerar do ritmo frenético que seguíamos na maior cidade do Brasil.

Sim, fizemos a última fronteira dessa jornada. Mas o que seria cruzar 18 países se nosso principal objetivo não tivesse sido cumprido? Seria apenas uma massagem no ego, seria superficial, seria um grande nada.

É muito clichê dizer que a maior viagem é para dentro de si mesmo? Que não acho nenhum grande feito atravessar 18 países com um carro? E que chegar ao Alaska para mim significa tanto quanto qualquer outro destino do caminho?

O maior desafio está na rotina diária. Em continuarmos firmes no nosso propósito e não se perder. É continuar nadando contra a correnteza em uma sociedade que valoriza o cansaço, o trabalho excessivo, o externo, a aparência. Que mede sucesso por bens, por números e posições. Que compara, classifica e cria padrões que não existe.

E depois de quase 3 anos desde o momento que decidimos questionar nossas verdades, ainda estamos buscando.
Seguimos buscando apreciar as manhãs calmas, o contato com a natureza , o tempo disponível (que não volta), mas ainda estamos longe. Seguimos aprendendo, a agradecer pelo hoje, a ver a beleza do momento, a buscar o que nos faz feliz genuinamente, mas o aprendizado é contínuo, ele é eterno.

Decidimos sim compartilhar nossa vida no YouTube, mas isso nunca vai vir antes do que a gente se propôs a viver.

Nós não somos criadores de conteúdo, admiramos e seguimos muitos viajantes que são. Nós apenas compartilhamos nossa vida como ela é e existe um propósito por trás disso. E esse propósito nunca vai ser mostrar o que conseguimos, mas sim o que estamos buscando. Inspirar a encontrar tempo, a priorizar a saúde, a questionar suas verdades e a descobrir que sim, o simples é extraordinário!