Linda menina cantou a portuguesa que abalou a sociedade brasileira e encantou homens no Brasil!

Eugénia Câmara, atriz portuguesa Eugénia Câmara que marcou a História do Teatro Brasileiro e o coração de Castro Alves teve sua história lindamente cantada pela fadista Mara Pedro, na altura uma jovem menina de 12 anos num concurso de fados na televisão de Portugal.

Faremos a reação desta belíssima interpretação de uma das mais belas e promissoras vozes do fado.

A célebre atriz portuguesa que brilhou nos palcos do Brasil durante o século XIX e se tornou uma das figuras mais marcantes de sua época. Muito além do talento teatral, Eugénia viveu intensamente — colecionando paixões, encontros turbulentos e capítulos dignos de romance.
Ao chegar ao Brasil, Eugénia Câmara (1837–1874), rapidamente conquistou plateias e críticos, mas foi nos bastidores que sua história ganhou contornos ainda mais intensos. Entre seus amores e desventuras, destaca-se o relacionamento arrebatado e conturbado com o poeta Castro Alves, o “Poeta dos Escravos”, dez anos mais jovem. Juntos viveram uma paixão cheia de arte, inspiração, ciúmes e conflitos — um elo que influenciou a trajetória de ambos e deixou marcas profundas na literatura e no teatro nacional.
Em sua passagem pelo Brasil, a portuguesa estabeleceu-se rapidamente como uma das intérpretes mais reconhecidas do palco nacional, destacando-se em melodramas e peças de grande circulação. Paralelamente à carreira, sua vida íntima tornou-se objeto de interesse da imprensa e da sociedade da época, especialmente devido aos relacionamentos afetivos que mantinha, alguns deles comentados com intensidade no meio artístico. Uma vida repleta de tensões pessoais, expectativas sociais, dinâmicas de poder que inspirou obras artísticas posteriores como fado, filme e peça de teatro. Na obra cinematográfica "Vendaval Maravilhoso" a grande fadista Amália Rodrigues encarna esta encantadora atriz, poetiza, tradutora e autora de peças teatrais.
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Fado Eugénia Câmara

Amar é ter alegria
Nem o mundo existiria
Não existindo esse bem
Quem não amar, não é nada
Como é bom ser adorada
Como é bom gostar de alguém!

Mas se o amor, feito mágoa
Se desfaz em gota d'água
Pouco a pouco fica o mar!
E depois, o mar desfeito
Batendo de encontro ao peito
Põe a alma a soluçar!

A vida é toda desejos
Marcam-se os dias com beijos
Quem não amou, não viveu!
Só quem perde um grande amor
É que sabe dar valor
A todo bem que perdeu!

Mas se houver uma traição
Mata o próprio coração
O amor que viu nascer
Nessa dor que nos tortura
Antes morrer de amargura
Que amargurada viver!