É insustentável continuar aumentando o gasto público para atenuar conflitos sociais | Marcos Mendes

O que você vai encontrar nessa entrevista:

0:00 - Abertura

0:50 - Você mencionou o fato de o contrato social no Brasil estar chegando ao limite. Aquele pacto que fizemos no período pós-redemocratização enfrentaria tantos ataques que até a própria governabilidade estaria em risco. Por que considera isso e quais são os elementos mais perigosos que você identifica no contexto atual?

4:39 - Um dos temas sobre os quais você tem se debruçado e é um dos principais especialistas no Brasil é a questão não apenas do orçamento da União, mas a questão das e Emendas Parlamentares.

11:48 - Qual a importância da iniciativa da criação do Teto de Gastos?

18:02 - Um outro ponto que você levanta é a discussão sobre o tamanho do Estado. Você costuma falar que o Estado brasileiro não é pequeno, o gasto que é ruim. Pode dar alguns números para mostrar essa lógica?

20:43 - Foi feito um pacote aprovado pelo governo e pelo Congresso, relacionado a um estado de emergência no Brasil. Esse tipo de reação a uma crise momentânea pode deixar um legado ruim para o futuro da governabilidade das contas públicas no Brasil?

27:28 - Por que é tão difícil no Brasil perceber os erros de políticas públicas e corrigi-los para não cometê-los mais?

31:19 - É possível, para a sociedade brasileira, conseguir atingir um determinado ponto em que "nos âmbitos de coesão social, dessa mentalidade voltada para o futuro, educação e inclusão" nós consigamos gerar condições para o desenvolvimento ou estamos numa armadilha da qual não é possível sair?

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*Entrevista gravada em 9 de julho de 2022.

Para solidificar a democracia, o Brasil adotou um modelo no qual o Estado se responsabiliza por apaziguar todos os conflitos sociais. O processo, realizado ao longo de décadas, utilizou o gasto público como forma de atender às demandas dos diversos grupos que integram a nação. Contudo, de acordo com Marcos Mendes, economista e pesquisador associado do Insper, o País se vê, na atualidade, em uma situação-limite, uma vez que todos os mecanismos de financiamento foram esgotados.

“O Brasil ainda é um país viciado em despesa pública”, afirma o especialista, em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, produzida em parceria com a Brazilian Student Association (BRASA), a maior associação de brasileiros estudantes no exterior, e a revista Problemas Brasileiros.

Integrante da equipe econômica responsável por elaborar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que implementou o Teto de Gastos, Mendes destaca que o mecanismo deveria funcionar como um termômetro das finanças públicas.

“Acontece que tivemos uma deterioração no campo político e da governança política tão grande que não há a menor vergonha de passar por cima e atropelar qualquer regra fiscal. Então, estamos num processo de deterioração institucional muito forte”, salienta o economista.

*Foto Thumb: Fabiano Battaglin

As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.

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