Ultrassom focalizado e o processo de envelhecimento | Dr. João Tassinary

O envelhecimento da pele é um processo complexo que envolve diversas camadas e estruturas, como a epiderme, derme, gordura subcutânea, aponeurose e musculatura. Com o passar dos anos, ocorrem alterações nesses tecidos, como a diminuição do volume de gordura, a perda de capacidade de retração da aponeurose e o enfraquecimento da musculatura. Para combater os sinais de envelhecimento, são utilizados diversos recursos, como o microagulhamento, peeling químico, peeling físico, fototerapia de baixa intensidade, radiofrequência e, de forma mais específica, o ultrassom microfocado, que se destaca por sua capacidade de promover a retração da musculatura e estimular a produção de colágeno.

Além disso, a toxina botulínica é mencionada como um recurso eficaz para o relaxamento da musculatura facial, prevenindo a formação de rugas dinâmicas que, com o tempo, podem se tornar rugas estáticas. A paralisia dos movimentos musculares no terço superior do rosto é destacada como uma intervenção bem-vinda para prevenir o agravamento dos sinais de envelhecimento. Estudos apontam que o SMAS, uma estrutura profunda da face, enfraquece com o tempo, comprometendo sua capacidade de sustentar os tecidos adjacentes, como músculos, gordura e pele.

O ultrassom microfocado é ressaltado como uma ferramenta com sólidas evidências científicas para atuar não apenas termicamente, mas também na retração dos tecidos, proporcionando resultados positivos no combate aos efeitos do envelhecimento. A importância de compreender as diferentes camadas da pele e suas interações é enfatizada, assim como a necessidade de abordagens personalizadas e assertivas para cada paciente, visando não apenas a melhora estética, mas também a saúde e integridade da pele ao longo do tempo.

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